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Turistas em Veneza pagam R$ 4,5 mil por 4 bifes; prefeito se revolta

Quatro bifes, uma porção de peixe frito e, para beber, apenas água: R$ 4.500 - o papel de trouxa é totalmente grátis! Agora, o prefeito de Veneza quer combater esse tipo de abuso contra turistas.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 jan 2018, 15h27 - Publicado em 23 jan 2018, 15h22

Algumas contas de restaurante são um roubo no sentido figurado. Outras são mesmo caso de polícia. Quatro estudantes japoneses que visitavam Veneza, na Itália, receberam uma dolorosa de 1,1 mil – cerca de R$ 4,5 mil – após almoçar quatro bifes, uma porção de peixe frito e água em um restaurante próximo à praça de São Marcos, um dos principais pontos turísticos da cidade.

Outras três turistas que faziam parte do mesmo grupo, mas perceberam rápido que o lugar era uma fria, tentaram ir a uma pizzaria próxima comer macarrão para economizar. Não deu certo: três pratos de massa com frutos do mar saíram € 350 – cerca de R$ 1 mil, se você der sorte com a cotação do euro. Ao retornar à Bologna, onde estão hospedados, os jovens foram à delegacia registrar o caso. O nome dos estabelecimentos não foi relevado.

A história acabou chegando aos ouvidos do prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, que se manifestou no Twitter. “Verificaremos o caso ao longo dos próximos dias (…) Se for confirmado este episódio vergonhoso, faremos tudo ao nosso alcance para punir os responsáveis. Nós ficamos sempre do lado da justiça.” Ainda não sabe se os garçons se aproveitaram da barreira linguística – os turistas não falavam italiano – para empurrar pratos mais caros que os que realmente haviam sido pedidos. As investigações estão em andamento. 

O desabado do prefeito no Twitter.

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De acordo com a agência de notícias italiana ANSA, um dos restaurantes envolvidos foi adquirido recentemente por investidores chineses, e é administrado por um egípcio. A participação estrangeira não é bem vista pelos moradores. Marco Gasparinetti, representante de uma associação cívica local, revela que 50% dos estabelecimentos da cidade já estão nas mãos de empresários de outros países – e que oferecer comida não tão boa assim por valores assustadores virou hábito. Ele afirma estar preparando um manual de como sobreviver em Veneza sem ser pego em armadilhas para turistas. O folheto será distribuído gratuitamente aos visitantes durante o carnaval local, em fevereiro.

Veneza, com apenas 55 mil habitantes, recebe 30 milhões de turistas todos os anos.  

Em novembro do ano passado, um caso parecido foi parar nas notícias. Segundo o Independent, um turista britânico, acompanhado de seus pais idosos, deixou € 526 (R$ 2,1 mil) na Trattoria Casanova, também no centro histórico. O homem, que não falava italiano, admite ter errado ao pedir o prato principal apontando para uma foto no cardápio, sem verificar o preço. Mesmo assim, considera abusivo cobrar € 300 (R$ 1,2 mil) por uma porção com peixe e lagosta. A outro jornal que cobriu o caso, o Telegraph, o mesmo turista comentou a avaliação trágica do local no Trip Advisor (duas estrelas de cinco), e disse que os funcionários tem o hábito de se aproveitar de clientes coreanos e japoneses que não falam nenhuma língua latina.

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