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WWF lança novela mexicana sobre casal de albatrozes no aquecimento global

Descubra a relação entre a crise climática e a crise da monogamia no mundo dos albatrozes-de-sobrancelha em um desenho dramático e divertido

Por Bela Lobato
11 abr 2025, 19h00

Os albatrozes-de-sobrancelha (Thalassarche melanophris), como a maioria dos pássaros, são monogâmicos. Eles vivem em casais que podem durar décadas mas, assim como com os humanos, os relacionamentos têm durado cada vez menos.

No mundo animal, as separações geralmente são desencadeadas por dificuldades reprodutivas, mas condições ambientais adversas também podem levar à quebra do vínculo entre os parceiros. 

Casal de albatrozes em região costeira.
(Paul Souders/Getty Images)

É o que mostrou um estudo de 2021 que analisou os relacionamentos dos albatrozes e fatores ambientais, usando dados coletados entre 2004 e 2019. Os pesquisadores perceberam que a taxa de divórcios variou entre 1% a 8% ao longo dos anos. Como esperado, os casais de pássaros eram mais propensos à separação depois de falhas na procriação. 

As taxas mais altas de divórcio apareciam nos anos em que a temperatura da superfície do mar estava mais alta. Isso pode ter ocorddio porque o aumento da temperatura da água dificulta a circulação de nutrientes, que ficam presos nas camadas mais frias e profundas.

Além de dificultar a alimentação de predadores que vivem na superfície, como as aves, a mudança também provoca estress, que impacta a produção de ovos e aumenta a chance de que um indivíduo abandone seu parceiro, ovo ou filhote. Essa é uma das muitas consequências inusitadas das mudanças climáticas globais.

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Os albatrozes-de-sobrancelha são nativos do sul da América do Sul, e se reproduzem anualmente no litoral sul do Brasil, nas ilhas Malvinas e na Geórgia do Sul. Durante as migrações, podem ir para muito longe para o litoral nordeste do Brasil e para a costa oeste africana, por exemplo. 

É no início dessa jornada que encontramos Miguel e Elena, os protagonistas da novela Muy Caliente. O casal apaixonado se separa porque Miguel precisa viajar. Entretanto, quando chega a época da reprodução, Miguel não retorna para Elena. 

Fotografia do jogo Muy Caliente. Um Gaivota em um navegando em um barco de pesca.
(WWF/Divulgação)

Abalada, ela procura consolo nos braços de Ernesto, melhor amigo de Miguel. Quando os dois pombinhos (ou seriam albatrozezinhos?) finalmente estão bem, Miguel retorna. Ele não havia abandonado a parceira, só estava atrasado porque o aquecimento dos oceanos fez com que ele precisasse ir longe demais em busca de alimentos.

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O final dessa história você vai ter que descobrir assistindo a novela produzida pelo WWF-Brasil, organização ativista pela preservação ambiental. A ideia é usar o humor e a irreverência para fomentar o debate sobre mudanças climáticas e seus impactos.

Fotografia do jogo Muy Caliente. Duas gaivotas conversando.
(WWF/Divulgação)

“A trama é baseada em clássicas novelas mexicanas, bebendo da fonte de A Usurpadora, Llamas da Pasión e muitos clássicos que víamos no SBT”, comenta Cake Llaguno, redator criativo da agência responsável pela produção, AlmapBBDO. 

“O roteiro foi feito com a consultoria de uma bióloga, então conseguimos contar de maneira divertida, emocionante e lúdica os problemas que esses animais têm sofrido. E tudo é feito com marionetes esculpidas e cenários feitos a mão. Tudo para informar e sensibilizar pessoas que estão saturadas sobre temas climáticos.”

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A produção tem três episódios assista o primeiro deles abaixo. 

Muy Caliente é apenas um dos projetos da WWF-Brasil para proteger os oceanos. “Entre nossas missões está a redução dos impactos das mudanças climáticas na sociobiodiversidade marinha, com ações como a conservação de recifes de coral, criação de áreas marinhas protegidas e incidência em políticas públicas, essenciais para a sobrevivência dos ecossistemas marinhos e para o nosso futuro”, destaca Marina Corrêa, analista de conservação e líder de oceanos do WWF-Brasil. 

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