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Animais de guerra – as novas armas do exército americano

Novas armas do exército americano imitam o visual e o comportamento de bichos - para ir aonde nenhum robô jamais esteve

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 30 jun 2008, 22h00

Texto Igor Zolnerkevic

Toda guerra é desumana; mas as batalhas do futuro serão animalescas. Lagostas de silício vasculharão o mar, robôs quadrúpedes carregarão equipamento e munição e um enxame de moscas digitais levantará vôo para espionar as tropas inimigas. Parece coisa de filme, mas já é realidade: o Pentágono está investindo dezenas de milhões de dólares para desenvolver robôs inspirados em animais. E os primeiros acabam de nascer (veja ao lado).

Mas por que imitar o formato dos bichos? Simples: copiando o que a natureza levou milhões de anos para aperfeiçoar, será possível criar máquinas de guerra capazes de atuar em qualquer situação – coisa que os robôs de infantaria que já estão atuando no Exército americano nem sonham em fazer (como eles andam sobre rodinhas, sua mobilidade é muito limitada). Além de terem mecanismos que copiam asas, patas e músculos, os novos robôs pegam emprestados conceitos do cérebro animal. “Antigamente, todo o comportamento do robô era programado. Mas isso não funciona no mundo real, fora do laboratório”, conta o roboticista Alexandre Simões, da Unesp. Por isso, os novos bichos de guerra vêm ao mundo burros, com o software incompleto, e passam por uma espécie de treinamento para adquirir as habilidades necessárias ao combate.

No futuro, eles poderão ganhar outras tarefas, como ajudar em resgates, monitorar o ambiente e até estudar animais de verdade – um robô-inseto, por exemplo, poderia se infiltrar em um formigueiro. Um dia, quem sabe, possam até sair da batalha para virar animais de estimação… Vai um jumento aí?

1. BURRO DE CARGA

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Deve entrar em ação até o final do ano, quando embarcará para servir como ajudante na Guerra do Iraque. Sobe ladeiras de até 35 graus, carrega 154 kg e tem um sistema que garante o equilíbrio: mesmo se levar empurrões e pontapés, continua de pé.

2. PEQUENA E ENXERIDA

Incrivelmente leve (0,06 g) e pequena (3 cm), será usada para fazer espionagem. Suas asas se movem em 3 direções, como as de uma mosca de verdade. Mas ela ainda não consegue voar livremente, pois depende de uma bateria externa.

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3. AMIGO OU INIMIGO?

Ele tem 30 cm de comprimento e pesa 2,2 kg, o mesmo que um cachorro pequeno. No futuro, poderá fazer reconhecimento e levar água a soldados feridos – ou até funcionar como uma espécie de cão-bomba.

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