Arma que é esperta sempre acha o inimigo
Como os mísseis caçam o seu alvo?
De várias maneiras. “Uma das mais conhecidas é aquela em que o míssil detecta o calor do alvo – a turbina de um caça inimigo, por exemplo – para corrigir a trajetória durante a perseguição”, explica o engenheiro aeronáutico Antônio Rogério Prattes Salvador, da Mectron, empresa brasileira que fabrica um armamento desse tipo. Ele não precisa receber comandos de terra e, por sua capacidade de perseguição, é feito especialmente para combates aéreos (veja o infográfico). Esse, entretanto, não é o único sistema usado por mísseis inteligentes. Alguns têm um radar que funciona até a colisão. Durante o vôo, ele investiga a posição do inimigo e calcula a melhor rota. Outros são teleguiados do solo e há ainda os que são programados para percorrer uma determinada trajetória, mas podem receber do solo pequenas correções durante o ataque. Estes últimos, por sua pouca mobilidade, são mais usados para atingir alvos fixos na superfície.
Quanto mais quente, pior
O míssil brasileiro MAA1, apelidado de Piranha, enxerga a radiação infravermelha.
As turbinas do caça emitem muito calor e, com ele, raios infravermelhos.
Um sensor na parte dianteira do míssil captura a radiação.
O sinal é transmitido para um computador, que calcula a posição do alvo.
O computador controla pequenas pás, que se movem e colocam o míssil no caminho certo.