Na aula de Anatomia, um estudante de Medicina começa a dissecar cuidadosamente um cadáver. Um pequeno descuido e um importante nervo da face é seccionado, inutilizando de uma certa forma o cadáver – na próxima aula, outro estudante que tentasse localizar o nervo danificado teria pela frente uma tarefa quase impossível. Mas não: o nervo está intacto no lugar. Tudo se passou numa tela de computador. Usando técnicas extremamente avançadas, universidades americanas começam a experimentar os chamados cadáveres eletrônicos.
O estudo da anatomia, que começou no Renascimento, sempre se baseou no uso de atlas colorido para referência, durante a dissecação. O objetivo agora é criar um atlas eletrônico capaz de ser manipulado pelo estudante. Com fotos e radiografias arquivadas num vídeo-disco laser, ou imagens de tomografia de alta resolução e guardadas na memória de um supercomputador, será possível, nesse caso da lesão de nervos, chamado na tela imagens da deformação provocada no rosto, comparar com radiografias da região estudada depois recomeçar tudo, quantas vezes for necessário.