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Aviação Civil: (Muito) mais pesado que o ar

Conheça o Boeing-747, há trinta anos o maior avião do mundo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h33 - Publicado em 30 set 1999, 22h00

Em 1969, os computadores pesavam 2 toneladas, os discos eram de vinil e bebês de proveta só existiam nos livros de ficção científica. Muita coisa mudou, mas o Boeing 747, lançado naquele ano pela empresa americana de mesmo nome, ainda é o maior avião do mundo. O Jumbo, como também é conhecido, carrega 416 passageiros, a 900 quilômetros por hora. Pesa 397 toneladas – o equivalente a 66 elefantes – e mede 70 metros de comprimento, quase o dobro da distância percorrida pelos americanos Wilbur e Orville Wright, em 1903, no primeiro vôo humano motorizado, de 36 metros.

Parado num aeroporto, como uma baleia encalhada na praia, o Jumbo chega a parecer incapaz de sair do chão. O que viabiliza a decolagem são as quatro turbinas. Para gerar a força necessária, cada uma delas produz uma potência de 29 000 HP, energia suficiente para manter acesas 232 000 lâmpadas de 100 watts. Para se ter uma idéia, cada motor do Electra, avião de 51 toneladas que fazia a ponte aérea Rio-São Paulo até 1985, produzia parcos 3 700 HP.

Os motores são controlados desde a década de 80 por um computador chamado Sistema de Gerenciamento de Vôo (FMS, na sigla em inglês). Ele exerce as funções que antes cabiam ao engenheiro de bordo, tais como o controle da rota e da altitude e o gasto de combustível. “Depois da decolagem, a viagem toda pode ser feita sem a interferência do piloto”, explicou o engenheiro Hildebrando Hofmann, professor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

 

 

Derrubado pelo barulho

O Concorde estreou, em 1976, com estardalhaço. O jato da empresa européia Aérospatiale era o primeiro avião civil a ultrapassar a velocidade do som (1 100 quilômetros por hora). A novidade virou um fracasso comercial. Seu elegante formato aerodinâmico só comporta 166 passageiros. Por isso, o bilhete custa 20% mais que uma passagem de primeira classe num avião comum. Para manter sua alta velocidade, o Concorde gasta muito combustível. Mas o que o derrubou do mercado, mesmo, foi o barulho, na decolagem e no pouso. Sua compra foi proibida nos Estados Unidos, país que possui a maior frota mundial de aviões.

 

 

Transatlântico voador

Anatomia de um jato comercial.

Os estabilizadores horizontais são a cauda do avião. Neles ficam os profundores, que possibilitam erguer e abaixar o nariz. Quando o piloto empurra o manche, os profundores descem, aumentando a sustentação da cauda – portanto, abaixando o bico da aeronave. O movimento contrário levanta o bico e faz o avião subir. Os dois ailerons, um de cada lado, fazem o avião inclinar suas asas para fazer curvas. Eles são acionados ao mesmo tempo, mas um sempre vai para cima enquanto o outro é virado para baixo. Quando o piloto quer ir para a direita, aciona o comando que faz com que o aileron direito suba e o esquerdo desça. A sustentação no lado esquerdo torna-se maior do que no lado direito, porque a curvatura da asa aumenta ali.

 

O estabilizador vertical e o leme de direção (na parte de trás) dão estabilidade em vôo, evitando que o avião se desvie para a direita ou para a esquerda. Ajudam a manter a direção no solo, na corrida de decolagem e na hora do pouso.

 

As turbinas aspiram o ar e o comprimem, misturando-o ao combustível. O resultado é uma explosão que desloca o avião para a frente.

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Os flaps são superfícies auxiliares na borda de trás da asa, que aumentam sua curvatura e, logo, a sustentação. Possibilitam ao avião voar com velocidades mais baixas, principalmente nas descidas.

 

Os spoilers são aquelas placas móveis de metal que se levantam nas asas quando o avião toca a pista de pouso. Agem como freio aerodinâmico, reduzindo bruscamente a sustentação. Assim, a aterrissagem se estabiliza. Sem os spoilers, o avião daria pulos ao tocar o solo.

 

Os slats ficam na borda dianteira das asas. Aumentam a curvatura delas, para que o avião possa voar com velocidades mais baixas.

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1. O faz-tudo dos aviões modernos é o FMS (Sistema de Gerenciamento de Vôo, em inglês), um computador que contém todos os dados de navegação, como a rota e as condições do tempo.

2. O curso é mostrado pelo HSI (indicador de Situação Horizontal, em inglês). Quando a aeronave sai do rumo, a barrinha do HSI se move.

3. O manche é o principal controle do avião. Quando quer subir, o piloto o puxa para trás, acionando os profundores. Para descer, ele o empurra.

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