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Aviação – Voo no limite

De enlatado de sardinha a dirigíveis de alto luxo e turismo espacial: os extremos se acentuam também no espaço aéreo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Paula Carvalho

O fim da fila
Com a Time Economy Chair, desenvolvida pela Universidade Técnica de Munique, o passageiro pode guardar a bagagem num compartimento embaixo do próprio assento. Assim, as filas no corredor da aeronave devem diminuir, e, com elas, o tempo de embarque. Mas a poltrona só serve para voos rápidos, em que os passageiros carregam apenas a mala de mão.

 

Aero pau de arara (+ ryanair.com)
A Ryanair virou a 3ª maior empresa aérea da Europa vendendo passagens sem nenhum conforto, mas ridiculamente baratas – hoje opera 202 aviões Boeing 737-800. Mas mais ridícula é a sua última tentativa de baratear voos: imitando a chinesa Spring Airlines, ela quer botar passageiros para viajar em pé nos trajetos de até uma hora. Por uns R$ 10, eles ficariam inclinados numa prancha acolchoada, presos por cinto de segurança.

A Agência Europeia de Segurança Aérea barrou a ideia; mas a Ryanair não só continua com os planos de tirar as últimas 10 fileiras de assentos para encaixar 15 dessas pranchas como também disse que vai tirar dois banheiros de cada aeronave para espremer mais 50 pessoas. E usar os banheiros que sobrarem vai custar R$ 2,75.

 

 

Zepelim grã-fino (+ seymourpowell.com/aircruise/aircruise-press-release.html)
O dirigível teve seu auge nas décadas de 1920 e 1930, mas capitulou diante da velocidade do avião. Agora a empresa britânica Seymourpowell quer ressuscitá-lo em seu protótipo Aircruise – um spa flutuante de 265 metros de altura (quase 100 a mais que o Edifício Itália, em SP). Para suspendê-lo, são necessários 330 mil m3 de hidrogênio, volume equivalente a 50 milhões de balões de aniversário (bizarro, mas o zepelim não tinha muito menos: 200 mil m3).

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O Aircruise levaria 37 horas para ir de Londres a NovaYork. Mas não faz mal, pois seu propósito é exatamente curtir a viagem pela viagem, com os confortos de um cruzeiro: restaurantes, lounges, um bar de 3 andares com piso de vidro para ver o pôr do sol e 50 quartos – de apartamentos simples a uma “cobertura”. Mas o mais incrível é que a coreana Samsung Construction and Trading acreditou na ideia e pensa em lançar o trambolho levitante em 2015.

 

 

6 minutos no espaço (+ virgingalactic.com)
O planeta Terra não lhe parece interessante o suficiente? Que tal ir além da fronteira terrestre? Em breve a Virgin Galactic pretende operar 5 naves com 6 passageiros e 2 tripulantes, duas vezes por dia. Até agora a empresa já desembolsou R$ 400 milhões nas naves e lançadores.

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Não vai dar para entrar em órbita terrestre, tal como fazem os satélites ou a Estação Espacial Internacional, mas durante as 2,5 horas de voo as naves vão ultrapassar a (arbitrária) fronteira do espaço, de 100 quilômetros de altitude, ficar alguns minutos lá e então retornar ao planeta. Vai dar para o astronauturista ver a curvatura da Terra e curtir 6 minutos de gravidade zero.

No final, ele participará de uma cerimônia para receber uma “medalha de astronauta” – tudo por apenas R$ 350 mil.

 

 

FRACAS!

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Concorde
Em 2003, os 5 últimos aviões supersônicos comerciais do mundo encerraram uma carreira falida de 27 anos. O Concorde cortava pela metade as 7 horas de Londres a Nova York, mas a ida e volta custava US$ 15 mil e o consumo por passageiro era 4 vezes o do Boeing 747.

 

 

 

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