Mais de 2 000 crianças passaram uma semana inteira experimentando os mais avançados jogos eletrônicos da indústria japonesa. O objetivo não foi só fazer festa. As crianças eram pacientes do Hospital Nacional das Crianças — cujos médicos acreditam no poder de cura dos brinquedos. Não importa o mal: os minipacientes tinham enfermidades diferentes. “A recuperação é visível”, diz o neurologista Kenji Nihel, autor da idéia. “Mesmo no caso de um mal grave, como a distrofia muscular. ” Nihel diz que há tempos vinha observando o efeito salutar dos divertimentos e dos jogos. Por isso, patrocinou o show eletrônico no hospital, em março passado. As crianças testaram brinquedos ainda inéditos, como o programa “Dirigindo com papai”. O computador simula um passeio de carro em que as imagens, na tela, parecem estar em três dimensões. “Esquiando em realidade virtual” é parecido, mas ainda mais excitante. Em vez de olhar para uma tela, a criança usa um visor. Assim, tem a sensação de que está deslizando montanha abaixo, em alta velocidade na neve. São apenas dois exemplos de uma vasta coleção. Nihel espera que ela ajude principalmente as crianças internadas por longo período.