Café, por favor.
O computador de voz e um monte de outros aparelhos inteligentes estão se juntando para criar uma nova era. Daqui a pouco, você vai dizer ao micro para ligar a cafeteira e ele vai perguntar quanto você quer de açúcar.
Carlos Dias, com Meire Cavalcante
O planeta Terra anda parecido com Macondo, a pequena aldeia que serve de cenário para Cem Anos de Solidão, a obra-prima do escritor colombiano Gabriel García Márquez. “O mundo era tão recente” – escreve o autor logo na primeira página – “que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo.” Hoje não é preciso chegar a tanto, mas as inovações tecnológicas são tão inusitadas que não é nada fácil achar um nome preciso para muitas delas. Essas invenções tendem a acumular várias funções no mesmo aparelho, da mesma forma que o despertador virou rádio-relógio e o telefone passou a ser telefax.
De geladeiras que fazem supermercado a carros que acham o caminho sozinhos, boa parte dos inventos que estão a caminho cumprem mais de uma tarefa. Além disso, eles já virão preparados para se comunicar entre si e com o mundo exterior. Com a chegada, no final do ano, do primeiro programa de comando de voz em português (veja o infográfico), o Brasil entra no estágio inicial dessa nova era – sem manuais para ler, menus para decorar e botões para apertar. Basta falar.
carlos.dias@abril.com.br
Yes, I speak portuguese
A IBM lança em dezembro no Brasil o Via Voice, o primeiro programa que reconhece palavras faladas em português.
1. Por meio de um microfone, o usuário pode montar planilhas, ditar textos e até acionar comandos, como “salvar” ou “deletar”. O programa registra cada vocábulo e o compara com um banco de dados de arquivos de som com 64 000 palavras e 260 000 variações de pronúncia, para não confundir sotaques regionais.
2. Uma vez encontrado o som, a palavra é automaticamente escrita na tela. Além disso, o programa pode aprender mais de 60 000 novos vocábulos e tenta identificar o contexto para distinguir sons iguais com grafias e sentidos diferentes, como “conserto”e “concerto”.
Algo mais
O primeiro computador doméstico a aceitar comandos de voz foi o Macintosh Quadra 840AV, da Apple, lançado em julho de 1993.
Era só em inglês e não dava para ditar textos, como no
Via Voice. Várias outras empresas têm investido nessa tecnologia, como a Philips, que lançou o Speech98.
Folga para a empregada
Dentro de casa estão surgindo alguns dos inventos que mais facilitam o dia-a-dia.
Desliga
Sob cada “boca” do fogão há dois sensores que emitem e recebem ondas eletromagnéticas. Quando não há panela de metal, as ondas “flutuam” de uma base à outra. Como não há interferência, o chip manda ficar desligado.
Geladeira com calor humano
Esqueça os recadinhos presos com ímã. Este protótipo da Electrolux grava e transmite mensagens de vídeo e texto para toda a família, funciona como rádio e televisão, manda e-mails e navega na Internet. Possui um livro de receitas digital e pode ser ligada a câmeras para vigiar a casa. Ah, sim, ela também gela.
E-mail sem computador
O IT-380, da Casio, é um telefone com mil e uma utilidades. Além de fazer ligações, envia e recebe e-mails. Também grava mensagens de voz para serem enviadas automaticamente em horários predeterminados. Acessa a Internet sem precisar de computador ou modem. Já está à venda nos Estados Unidos.
Robô antipó
A Electrolux desenvolveu um aspirador de pó que passeia sozinho pela casa. Desvia de obstáculos, pois possui um radar de navegação que mapeia o ambiente. Como é baixinho, entra fácil sob camas e armários. Ainda não começou a ser produzido, mas o preço inicial deve ser salgado: perto de 5 000 reais.
Liga
O fogão liga automaticamente ao se colocar uma panela de metal sobre ele, pois as ondas eletromagnéticas se ovimentam com mais intensidade quando conduzidas pelo metal. Essas ondas agitam as moléculas da panela, que se aquecem. Só elas. O fogão continua frio.
Limpeza total
Aquela caixinha com areia para o gatinho de estimação já pode ser aposentada. O LitterMaid é uma espécie de pente eletrônico, que detecta e varre os dejetos do bichano para um compartimento de ar comprimido. Evita o mau cheiro e não é preciso ficar limpando a toda hora. Custa 180 dólares.
De cara nova
Os micros vão ficar ainda mais potentes e menores. O teclado será um opcional, já que a voz poderá substituir os dedos. Muitos modelos nesse estilo já estão sendo projetados, como o Flex, da Intel, com grande capacidade de armazenar dados.
Laboratório no banheiro
A Matsushita desenvolveu um sistema de sensores e microchips que, instalado no vaso sanitário, faz exame de urina. O resultado pode ser armazenado no servidor central da casa ou enviado ao médico automaticamente pela Internet.
Trabalhar sem mover um único dedo
Para chamar um elevador, você aperta um botão. Mas, se pedir isso a uma criança de 3 anos, ela vai se aproximar da porta e berrar: “Elevadoooor!” Hoje em dia isso é apenas engraçado, mas daqui a poucos anos não estranhe se ouvir como resposta da máquina: “Desce ou sobe?” Parece exagero? Não é. O sofisticado e eficiente programa de comando de voz da IBM não passa de um brinquedo comparado com o que vem por aí. “Esse é apenas o primeiro passo de uma série de outros projetos que estamos desenvolvendo”, afirmou à SUPER David Nahamoo, gerente do laboratório de Tecnologias de Linguagem Humana da IBM, em Yorktown Heights, no Estado de Nova York.
Nem falta falar
Os elevadores não serão os únicos a falar. “A tecnologia chamada de computação conversacional vai permitir que se peça a uma máquina para fazer uma reserva num vôo e ela vai continuar a conversa, perguntando coisas como preferências de horário e empresa aérea”, prevê Nahamoo. Segundo ele, o objetivo desses estudos é bem mais ambicioso do que criar um papagaio eletrônico. Não se trata apenas de ensinar um aparelho a falar, mas também a reconhecer, compreender e responder à voz de quem quer que seja.
Projetos como esse começam a deixar para trás até o HAL, o falante e autoconfiante computador do célebre filme 2001, Uma Odisséia no Espaço. “Associando tudo isso à imagem, teremos em alguns anos aparelhos capazes de detectar até o humor, analisando dados como entonação de voz e expressões faciais”, antecipa o cientista, que também está trabalhando com técnicas de tradução simultânea. “Um dia poderemos conversar, cada um falando seu idioma, e nos entenderemos perfeitamente porque a máquina fará uma tradução simultânea”, diz Nahamoo.
Enquanto esse futuro não chega, o presente já é bem estimulante. Só o Via Voice vai dar muito o que falar. “Para entender português, pesquisadores percorreram diversas regiões do país, colhendo amostras das variadas formas de pronunciar o vocabulário”, explicou à SUPER Helene Lunden, gerente mundial do Via Voice, resultado de trinta anos de pesquisas da IBM.
O programa reconhece e executa comandos do Windows, como abrir ou fechar programas. Dá para construir planilhas, criando linhas e apagando colunas com ordens simples. Você pode também ditar textos e formatá-los do seu jeito, escolhendo o tipo e tamanho das letras ou trocando parágrafos de lugar. Ao final, ele lê o texto em voz alta. Tudo sem mover um dedo. Só falta servir cafezinho – o que, por sinal, não vai demorar.
A SUPER usou
Avaliação do editor Carlos Dias
O programa de reconhecimento de voz da IBM, o Via Voice, é bárbaro. Só o fato de ele entender o que você diz e reproduzir tudo na forma de texto é – guardadas as devidas proporções – quase tão emocionante quanto ver seu filho dizer “papai”. O mais interessante é que, assim como uma criança, ele é inteligente. Ao ditar um texto, o programa não repete as palavras na tela como um papagaio. Ele procura o contexto da frase para não se confundir com a ortografia. Se você ditar “paço municipal”, ele não vai escrever “passo”. O programa erra de vez em quando, mas certamente se atrapalha menos que muita gente com o teclado. Por isso, ele deverá aproximar do computador os que não gostam ou não sabem digitar.
Tecnologia a tiracolo
Velhos objetos ganham novas funções e ficam menores e melhores.
Livro eletrônico
No Rocket e-book, um livro digital portátil, o leitor pode sublinhar passagens importantes, fazer anotações, procurar um certo trecho, marcar a página onde parou e ainda utilizar um dicionário. O conteúdo dos livros é obtido na Internet. Nos Estados Unidos, o e-book custa menos de 300 dólares.
Mais que um telefone
Por falta de palavra melhor, as novas gerações de celulares ainda são chamadas de telefones, mas eles já são bem mais do que isso. Modelos como este da Nokia (ainda um protótipo) contam com antenas embutidas para acessar a Internet, são acionados por comando de voz e nem têm teclado para utilizar o menu.
Câmera digital
A Sony lançou recentemente a Digital 8, uma linha de filmadoras que grava em alta resolução e permite a edição e a transmissão de imagens via Internet. O modelo DCR-TRV 110 consegue filmar em total escuridão e custa 2 500 reais.
Doutor relógio
Para aqueles que gostam de esportes, este relógio da Casio (o BP-120), que custa 275 reais, pode ser um bom companheiro. Mede a pressão sanguínea e a freqüência cardíaca quando se coloca o dedo indicador no sensor. Sim, ele também marca as horas.
Caneta tradutora
Este aparelho ainda é chamado de caneta, mas na verdade é um tradutor. Ao passá-lo sobre uma palavra em inglês, a tradução vai aparecendo no visor. Se o dono quiser, ela também a lê em voz alta.
A chegada do computador invisível
A esta altura, você ainda pode estar desconfiado de que esse mundo maluco está longe. Engano seu. “Já estamos projetando um cenário assim, com o amplo uso da simplicidade do comando de voz, para 2003”, revelou à SUPER Milton Isidro, gerente de tecnologia da Intel, o fabricante do microprocessador Pentium, o mais vendido do mundo. A empresa já tem um protótipo de computador totalmente controlado pela voz – se é que a palavra computador se aplica a uma máquina assim. Na verdade, ela é uma secretária eletrônica. Recebe, reúne e organiza recados de telefone, e-mails e fax.
Depois de dar bom dia, exibe tudo numa tela, com uma foto do autor de cada mensagem. Após escutar os recados, se você quiser é só pedir para ela transformar tudo em texto e imprimir. Aí, sem ter que olhar para a máquina, você usa a voz para marcar compromissos e ela pergunta qual deve cancelar, se os horários forem incompatíveis. Para isso, manda um e-mail ou faz um telefonema para desmarcar o encontro que você descartou. Se o seu trabalho envolver um determinado projeto, ela toma a iniciativa de vasculhar a Internet à procura de informações que possam ser úteis para o tema e avisa quando encontra algo.
Tudo isso sem que seja necessário pressionar uma única tecla. “Esse modelo está sendo preparado para uso em escritório, mas pode igualmente ser utilizado numa casa”, explica Isidro. “Dá para administrar os recados da família, marcar hora no dentista, encomendar a compra do mês ou pedir uma receita especial na Internet.” Por falar em comida, nem as geladeiras vão escapar dessa inteligência artificial. “Já existe um protótipo de geladeira que avisa quando os ovos estão acabando ou se o prazo de validade do iogurte está vencendo”, afirma Nahamoo. “Para isso, um scanner rastreia todo o refrigerador, lê os códigos de barras e verifica o que está faltando ou vencendo e encomenda mais pela Internet.”
Uso natural
Tais novidades estão amparadas na idéia do computador invisível, um conceito antigo, mas aprimorado por Donald Norman, um dos mais celebrados especialistas em tecnologia do mundo. Professor de Ciência Cognitiva da Universidade da Califórnia em San Diego, ele prevê uma mudança radical no uso da informática. “A tecnologia de hoje, principalmente a do PC, é muito complexa”, afirma Norman no mais famoso de seus doze livros, The Invisible Computer (O Computador Invisível), de 1998. “Essa máquina precisa sumir da nossa vista para ficar escondida em aparelhos que desempenhem tarefas específicas, assim como hoje ninguém pensa no motor que faz funcionar um secador de cabelo ou uma geladeira”, defende ele. “A ferramenta deve fazer tão bem a sua tarefa a ponto de se tornar parte dela.”
Nahamoo, da IBM, concorda. “Um indivíduo só se interessa por tecnologia quando ela faz alguma diferença no seu dia-a-dia”, diz. “O videocassete, por exemplo, é um grande invento, mas é difícil de usar.” De fato, não há quem negue isso. Muita gente tem videocassete há anos e não sabe programar uma gravação. A nova era digital, porém, tornará isso uma tarefa absolutamente natural. “Você mandará o aparelho gravar um filme e ele obedece”, garante Nahamoo. “Bastará dizer o título. O canal e o horário ele descobre sozinho.” Só não se esqueça de colocar a fita.
A SUPER usou
Avaliação da repórter Meire Cavalcante
Você está folheando uma revista na sala de espera do consultório médico quando encontra um anúncio inacreditável de uma academia. Mas bem nessa hora a secretária diz que chegou a sua vez. Não há tempo de copiar as informações. Que fazer? Você pega o seu mini-scanner e, em segundos, o anúncio está guardado no seu bolso. Essa é uma das vantagens desse aparelho da Casio, que pode transmitir os dados para um computador por meio de um sinal infravermelho (como quem aperta o botão de um controle remoto) ou por cabo. Ele é bonito, leve e cabe na palma da mão. A imagem digitalizada não é de revista, mas a qualidade corresponde à obtida com as impressoras domésticas disponíveis no mercado. Está à venda no Brasil e custa 800 reais.
Inovações para viagem
A nova era digital também estará nas ruas e até o dinheiro de papel pode desaparecer.
A toda velocidade
Já está funcionando na ponte Rio-Niterói o tag, um sistema de pedágio eletrônico. Você compra um cartão e o cola no pára-brisa. Ao se aproximar de um sensor na estrada, a sua passagem é registrada, mesmo que o carro esteja a 300 quilômetros por hora. A conta chega em casa pelo correio.
Adeus às moedinhas
O smart card – aquele cartão que substitui o dinheiro – você já conhece (veja Um chip chamado dinheiro, SUPER, ano, 12 número 3). A novidade do sistema Mondex é que dá para recarregar o cartão pela Internet ou por qualquer telefone, até o celular.
E-mail no orelhão
Este aparelho também é chamado de e-mail de bolso. O Telmail, da Sharp, recebe e envia mensagens e fax. Basta discar para a central, aproximá-lo do fone (pode ser também de um celular) e apertar um botão. Nos EUA, onde o serviço existe, o aparelho custa 119 dólares, mais 9,95 por mês pelo serviço.
Carro com controle remoto
Quando o automóvel é roubado, o dono avisa a central da brasileira Smart Telecom, que, por meio de radiofreqüência, controla o veículo a distância, cortando o combustível aos poucos. O produto será lançado ainda este ano, por 200 reais, mais 14 reais mensais pelo serviço.
Guia de ruas digital
O navegador orientado por satélite, da Fujitsu, indica qual o melhor caminho a ser feito. Se o motorista errar a entrada, ele se reprograma automaticamente, sugerindo novas rotas. As indicações são feitas pelo visor do equipamento e por voz. Ele funciona com um CD-ROM que contém um mapa digitalizado da cidade. São Paulo será a primeira do Brasil a ter esse serviço, já no começo do ano que vem. O mapa já está quase pronto.
Uma rede muito maior que a Internet
Qual a diferença entre um computador e um poço artesiano? Nenhuma, pelo menos segundo o matemático Bruno Souza, da americana Sun Microsystems, uma das maiores e mais inovadoras empresas de informática do mundo. Ele compara o micro a um poço, sugerindo uma situação em que cada indivíduo tem de cuidar do seu próprio abastecimento, recolhendo, administrando, purificando e distribuindo o líquido de acordo com as várias necessidades da casa.
Agora, imagine, diz Souza, “se numa cidade do tamanho de São Paulo todo mundo tivesse que ter seu próprio poço”. Segundo ele, é por isso que, mesmo nos Estados Unidos, somente um terço da população tem micro em casa, uma porcentagem irrisória se comparada com a difusão da televisão, da luz elétrica e da água encanada, que atinge praticamente 100% dos americanos. Dá muito trabalho cuidar sozinho do computador e dos serviços que ele oferece, como fazer cópias de segurança, instalar programas, aumentar memória e se proteger contra os vírus. “Por isso, toda essas inovações não vão servir para nada se não atingirem as multidões”, diz Souza. “A única forma de isso acontecer é delegando todo esse trabalho à rede.” Para ele, só assim a tecnologia se tornará fácil e acessível. “Não há como prever como será o futuro”, acrescenta o matemático. “Mas sem dúvida ele será em rede.”
Faz sentido. Quando alguém vai tomar banho de manhã, tira a roupa e abre o chuveiro, surge uma convicção inconsciente: vai sair água. E quente. Não passa pela cabeça de ninguém a dúvida do talvez sim, talvez não. “Isso acontece porque tanto a água quanto a eletricidade que a aquece são fornecidas por uma rede”, diz Souza. “O cidadão não precisa saber de onde elas vêm, como chegam até sua casa nem como consertá-las, caso parem, eventualmente, de funcionar”, acrescenta. “Ele sabe que existe alguém para cuidar disso.”
A alma dos objetos
Norman também não tem dúvidas de que esse é o caminho. “Para não desperdiçar o poder do computador, os aparelhos vão ter de se comunicar entre si livremente e sem esforço”, diz ele. “Combine as modernas tecnologias de informática com as redes de comunicação globais e o potencial será enorme.” Ao contrário, porém, do que aconteceu com o telefone e a eletricidade, a rede para isso já está pronta e atende pelo nome de Internet.
As condições para fazer com que qualquer aparelho se comunique com outro, seja qual for o tipo ou a marca, também já estão disponíveis. A Sun inventou e patenteou as ferramentas capazes de fazer com que aparelhos com chips completamente diferentes, como os de um celular e de um videocassete, se comuniquem. Não é necessário instalar ou configurar nada – expressões que costumam afastar muita gente de computadores e objetos eletrônicos. Com a ajuda da tecnologia de comando de voz, todos esses aparelhos inusitados e com jeito de complicados vão se tornar tão fáceis de usar quanto abrir um chuveiro. “As coisas têm vida própria”, diz o cigano Melquíades, um dos principais personagens de Cem Anos de Solidão. “Tudo é questão de despertar a sua alma.”
Para saber mais
A Vida Digital, Nicholas Negroponte, Companhia das Letras, São Paulo, 1997.
The Invisible Computer, Donald A. Norman, MIT Press, Boston, Estados Unidos, 1998.
Serviço de avião
O DVD/TV faz da viagem na estrada um verdadeiro vôo internacional.
A Fujitsu projetou um sistema de som para carros que é muito mais que um simples CD player. Para começo de conversa, o 7001, da linha Eclipse, traz também um monitor de TV que, além de mostrar o dial do rádio ou a faixa do disco selecionado, passa filmes em DVD. Sua tela gira até 15 graus para cada lado, para que toda a família – exceto o motorista, é claro – possa assistir a um filme durante a viagem. Mais seguro, seu sistema antifurto é bem bolado: o aparelho só pode ser ligado quando o motorista insere um determinado CD – escolhido anteriormente por ele – que serve como uma chave de segurança, aposentando a já tradicional frente removível.