Dilson Branco
Você se sente ridículo deixando recados na secretária eletrônica? Então vai odiar o cartão de crédito que só funciona se você conversar com ele. O protótipo foi criado para complicar a vida dos ladrões. É assim: você aperta um botão no próprio cartão e o alto-falante embutido pede a senha. A transação só prossegue se o chip de reconhecimento de voz tiver certeza de que está falando com o dono. Para compras pela internet, você aperta o botão e o voice card diz uma senha ao microfone do computador. A mensagem muda toda vez que o cartão é usado. Mas a identificação pela voz não é 100% segura, admite Alan Sege, chefe executivo da Beepcard, empresa americana que desenvolve o protótipo. Um impostor que conheça a senha e saiba imitar a voz do dono tem boas chances de se dar bem. E, se você estiver rouco, corre o risco de ser tratado como um estranho por seu cartão. Mas Sege está otimista quanto a aplicações futuras. Ele diz que, além de calculadora, caderneta de telefones e gravador de mensagens, o cartão falante poderá funcionar também como contador de piadas e até animal de estimação virtual, como os bons e velhos tamagochi.