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Cérebro de silício vence o homem

Cibernética, nanotecnologia e supercondutividade

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h33 - Publicado em 31 out 1999, 22h00

Em 1950, o matemático inglês Alan Turing (1912-1954) idealizou um teste no qual propunha que se trancassem numa sala um homem e um computador. Ser humano e máquina seriam questionados por um examinador localizado no lado de fora. Se depois de uma bateria de perguntas sobre os mais diversos assuntos o examinador não conseguisse diferenciar homem de computador, então seríamos obrigados a dizer que a máquina era inteligente. Hoje, máquinas dotadas de inteligência artificial podem jogar xadrez, damas, cartas, compor música, provar teoremas matemáticos, explorar vulcões ativos, calcular tendências das bolsas de valores, traduzir manuais técnicos, diagnosticar defeitos em motores e doenças em seres humanos. E o fazem muito bem. Perguntem ao enxadrista campeão mundial Garry Kasparov, que perdeu para o supercomputador Deep Blue, da IBM, em 1997. É claro que não se quer criar inteligência apenas para jogar xadrez. Mas o fato é que, se isso já é possível, a construção de uma máquina que passe no teste de Turing se torna só uma questão de tempo.

Energia pela via expressa

Quando resfriados próximos ao zero absoluto, alguns materiais tornam-se excelentes condutores de eletricidade, permitindo que a corrente flua por eles sem perda de energia. Imagine o quanto se perde para levar energia elétrica por fios de Itaipu a São Paulo. Se eles fossem supercondutores, a perda seria quase nula. O problema é que resfriá-los requer mais energia. Ou seja, o que ganhamos de um lado perdemos de outro. Assim, o negócio é achar materiais que sejam supercondutores a temperaturas mais amenas. Hoje, o recorde é obter o efeito a “apenas” 200 graus Celsius negativos. No futuro, espera-se usar esses materiais para fazer flutuar, por exemplo, trens ultravelozes, eliminando o atrito entre rodas e trilhos.

Máquinas nanicas

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Em 1989, a IBM conseguiu a façanha de manipular 35 átomos do elemento xenônio, com os quais escreveu o nome da empresa sobre uma placa. Era o começo. Daqui para a frente, a idéia é construir nano-robôs que poderão agir como sondas médicas que entram no corpo do paciente para resolver problemas.

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