Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cinema – Bruce Lee sai da cova

Embora o 3D ainda seja a grande questão do cinema pós-Avatar, as novidades tecnológicas não se esgotaram: espere ver atores defuntos entrando em cena

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Paula Carvalho

Num futuro próximo, o responsável pela popularização dos filmes de artes marciais ressuscitará para fazer o que sabe melhor: lutar. Os herdeiros de Bruce Lee estão negociando com a Digital Domain a possibilidade de levá-lo às telas digitalmente. A ideia é fazer algo parecido com o que a empresa de efeitos especiais realizou em O Curioso Caso de Benjamin Button. No filme, que venceu o Oscar de melhores efeitos visuais em 2009, a Digital Domain envelheceu e rejuvenesceu o rosto de Brad Pitt por meio de uma “maquiagem digital”.

Esse tipo de reconstrução de atores já vem sendo testada há um tempo – Marilyn Monroe e Steve McQueen já foram recriados digitalmente para campanhas publicitárias, e um Arnold Schwarzenegger virtual aparece rapidamente em O Exterminador do Futuro: A Salvação. Mas com Lee a tecnologia vai dar um grande salto além: uma coisa é tornar convincente um personagem virtual baseado em uma pessoa real durante 30 segundos; outra completamente diferente é fazer esse ser digital segurar um filme de uma hora e meia. Se der certo, estarão abertas as portas para a ressurreição de muitos outros mitos do cinema, e mortos-vivos deixarão de ser apenas personagens de filme de terror.

FONTE DA JUVENTUDE

Tron: O Legado, que estreará em dezembro, é estrelado por Jeff Bridges (ganhador do Oscar de melhor ator em 2010 por Coração Louco) e Jeff Bridges, em versão jovem. Mais especificamente a versão de 1982, quando ele fez o Tron original.

Não, não é uma máquina do tempo nem um sósia mais novo. É uma recriação totalmente virtual de como o ator era quando trabalhou no longa de 1982. Foi um desdobramento da tecnologia introduzida pela Digital Domain em O Curioso Caso de Benjamin Button. Mas, segundo a empresa, criar uma versão jovem inteiramente digital de um ator é muito mais complicado que envelhecê-lo – afinal, o público tem a expectativa de ver na tela a fisionomia anterior, que mantém fresca em sua memória.

CLÁSSICOS EM 3D

Se no século passado a popularização do cinema em cores levou à moda de colorizar os filmes antigos, o próximo passo agora é converter filmes “planos” em 3D. E isso não é especulação, não.

Titanic, a 2ª maior bilheteria da história, vai aportar tridimensionalmente nas salas de cinema em abril de 2012. E tem mais. George Lucas já avisou que lançará em 3D a trilogia original do Guerra nas Estrelas, arrasando com os sabres de luz. Pelo jeito o 2D está indo para o espaço.

Faça você mesmo
O barateamento de equipamentos de filmagem e digitalização já permitiu aos meros mortais embrenharem-se pelos intricados caminhos do audiovisual – hoje basta um celular com câmera para você se transformar em celebridade no YouTube.

Continua após a publicidade

Mas a era do “faça você mesmo” está só começando. Em breve você também poderá usar as tecnologias de captura de movimentos do Avatar para fazer sua própria animação. E mais: você poderá atuar não apenas como protagonista mas também como o inimigo, o melhor amigo e até o caixa do supermercado.

Ao coletarem os movimentos de atores, esses sistemas permitem animar personagens virtuais. Até aí, nada de novo. Mas, enquanto em Avatar a tecnologia custou entre US$ 1 000 e US$ 10 mil por segundo, o Phasespace derruba o preço para US$ 10 por segundo.

Isso já permitiu ao animador gráfico Kory Martin Juul dirigir o seu primeiro filme, White Tiger Legend – uma animação sobre artes marciais prevista para 2012. Ele mesmo gravou todas as cenas e fez grande parte das interpretações ouvindo as vozes dos atores, que gravaram os diálogos previamente.

Continua após a publicidade

CLÃ ZUMBI

O filho de Bruce Lee, Brandon Lee, foi um dos primeiros atores ressuscitados. Depois de morrer acidentalmente nas filmagens de O Corvo em 1993, o diretor Alex Proyas “colou” o rosto de Brandon num dublê de corpo para conseguir finalizar o longa.

Hollywood contrata…
O mercado do cinema gringo está à procura de mão de obra especializada

Continua após a publicidade

ATOR DIGITAL
Vaga não falta para intérpretes de personagens digitais. Só que, como não aparecem de carne e osso na tela, o Sindicato dos Atores da América não os reconhece, e quem acaba decidindo se eles têm os mesmos direitos trabalhistas que os colegas “reais” é o empregador. Outra polêmica são as premiações, pois seu trabalho é um híbrido de atuação e animação. Será que teremos no Oscar a categoria de “melhor ator virtual”?

NEUROCINEMA-TOGRAFISTA
É a junção de quem pesquisa o efeito dos filmes no sistema nervoso com o termo em inglês para diretor de fotografia (cinematographer). Ou seja, é o cientista que estuda como se deve filmar para causar menos perturbação ao sistema nervoso. Isso é necessário pois o cérebro reage de maneiras diferentes quando você vê um filme 2D e outro 3D, e a última coisa que Hollywood quer é gente saindo do cinema porque ficou com dor de cabeça num filme mal “estereografado”.

ESTEREÓGRAFO
Se o neurocinematografista é o cientista 3D, o estereógrafo é o técnico. Ele é o terceiro homem do set de filmagens: com base no conhecimento neurocinematográfico, dá palpites ao diretor e ao diretor de fotografia sobre como filmar o longa em 3D, além de ajudar o diretor de fotografia a se entender com uma câmera 3D. Essa área de trabalho está crescendo, pois a produção de filmes tridimensionais tem se multiplicado: 99 longas em 3D devem estrear nos cinemas em 2012.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.