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Como era o Orkut?

A rede social lançada em 2004 chegou a ter 30 milhões de participantes. Boa parte deles, brasileiros. Ah, que saudade do Orkut!

Por Lígia dos Anjos
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 23 nov 2017, 13h25

Muito antes do Facebook… Muito antes do Twitter… havia ele. A rede social que deixou o brasileiro viciado em redes sociais. O Orkut! Criado em janeiro de 2004 por um engenheiro do Google, o turco Orkut Büyükkökten, o site só aceitava um novo usuário se ele fosse convidado por um membro. Isso gerou até venda de convites na internet!

Concorrendo com o Facebook, ele nunca “pegou” nos EUA, mas bombou demais no Brasil, a ponto de ganhar uma versão nacional em abril de 2005, ultrapassar 30 milhões de inscritos e começar a ser gerido pela filial nacional do Google. Eventualmente, o Face destronou o Orkut e ele foi encerrado em 30 de setembro de 2014. Mas estará para sempre na memória de quem viveu seu auge.

(reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

ATRIBUTOS
Visitantes na sua página poderiam votar secretamente se você era sexy (representado por um coração), confiável (uma cara feliz) e legal (uma pedra de gelo). Era um orgulho ter a barra de corações com 100% no medidor! Também era possível se declarar “fã” de alguém – uma estrelinha. Nesse caso, o voto era público.

VISUALIZAÇÕES RECENTES
Em 2006, o site pegou todo mundo de surpresa ao passar a registrar todos os usuários que haviam visitado cada perfil nas últimas 24 horas. Perfeito para quem queria stalkear possíveis crushes! A ferramenta, que podia ser desativada, também dava o total de visitas na semana, no mês e no ano.

APPS
Alguns complementos que transformavam o Orkut em brincadeira bombaram. O game mais famoso foi o Colheita Feliz, um simulador de fazenda em que você plantava legumes, cuidava de animais e podia ajudar ou atrapalhar seus amigos. Já o BuddyPoke permitia criar um avatar com seu estilo, que interagia com o avatar dos outros.

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FOTOS
No início, o Orkut era tão limitado que cada pessoa só podia ter uma dúzia de fotos! E aí todo mundo gastava um tempão tentando definir os 12 retratos ideais para deixar o perfil “perfeito”. Ainda bem que, com o tempo, esse limite desapareceu – e foi possível criar álbuns. O termo de adesão proibia a publicação de fotos de celebridades, pornografia ou desenhos animados. Mas ninguém respeitava.

SCRAPS
Estes recados eram a forma mais fácil de se comunicar com os amigos. Mas podiam dar muita dor de cabeça: como a página não era bloqueada, mesmo um desconhecido podia poluir sua timeline com uma cantada idiota (escrita em letras coloridas!), uma foto inusitada ou um gif bem brega de gatinhos com glitter.

DEPOIMENTOS
Era uma versão “premium” dos scraps. Quase sempre, uma longa declaração de amor ou amizade. Como o “textão” só era publicado se o dono do perfil aprovasse, foi muito usado como um sistema primitivo de “inbox” – com a famigerada sugestão “lê, mas não aceita” (o texto só se tornava público se a pessoa clicasse em “aceitar”)

 

 

(reprodução/divulgação/Mundo Estranho)

LISTA DE AMIGOS
Só permitia mil pessoas, divididas em “não conheço”, “conhecido”, “amigo”, “bom amigo” e “melhor amigo”. Mas havia outra classificação mais interessante: a Crush List. Se você incluísse um usuário e ele também incluísse na lista dele, o Orkut mandava um mensagem para ambos. Exatamente: era um tataravô do Tinder!

COMUNIDADES
Foi o grande barato do Orkut. Deveriam servir como fóruns, mas o brasileiro, sempre zoeiro, criou várias só pela piada, como “Imagina se pega no olho”, “Tenho medo da Véia(o) Quaker!” e “Sou legal, ñ estou te dando mole”. Isso ajudou a rede social a chegar à marca de 51 milhões de comunidades, com 120 milhões de tópicos e mais de 1 bilhão de interações. Nelas, era possível criar eventos, enquetes e debates. A maior foi “Eu odeio acordar cedo”, que chegou a 6 milhões de membros e foi vendida por seu criador.

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