Depois de invadir email de diretor da CIA, hacker adolescente ataca chefe da Inteligência dos EUA
Hacker que está tirando onda dos maiores chefões da espionagem americana supostamente tem 15 anos e está no ensino médio.
Este mundo de hoje não está fácil para os espiões profissionais. Afinal, com a ampla disponibilidade de ferramentas tecnológicas poderosíssimas e gratuitas, eles têm sido passados para trás até por amadores adolescentes.
A última vítima foi James Clapper, diretor de Inteligência Nacional do governo dos Estados Unidos, que teve contas de email seus e de sua família e até mesmo sua linha telefônica pessoal invadidos pelo grupo “Crackas With Attitude” (CWA) nos últimos dias. Para tirar onda, os hackers redirecionaram as chamadas telefônicas de Clapper para o Movimento Palestina Livre (os garotos alegam que suas ações são protestos contra a política americana no Oriente Médio).
O CWA, supostamente formado por meia dúzia de adolescentes, um deles com 15 anos, é o mesmo grupo que, em outubro do ano passado, invadiu a conta de email do diretor da CIA, John Brennan, e saiu dizendo pelas redes sociais que o ataque foi tão fácil que até uma criança de 5 anos conseguiria.
Sabe-se de detalhes sobre os dois ataque porque um dos supostos integrantes do grupo entrou em contato com o site americano de tecnologia Motherboard, que checou a história. Um dos fundadores do Movimento Palestina Livre, Paul Larudee, confirmou que estava recebendo chamadas destinadas a Clapper.
Após o ataque, os hackers zombaram de sua vítima pelo twitter:
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Os CWA brincam com fogo. As leis de segurança nacional em vigor nos EUA desde 2002 dão amplo poder de investigar e de punir ataques como esse. Nesta Era da Vigilância, inaugurada após os ataques ao World Trade Center, suspeitos de terrorismo podem ser vigiados sem quase nenhum constrangimento legal.
A ironia é que está ficando claro que a Era da Vigilância afeta todo mundo. Não são só os cidadãos comuns que ficaram a mercê do aparato estatal – o aparato estatal também pouco pode fazer para se proteger de cidadãos comuns equipados apenas com uma conexão à internet e disposição para investigar.