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Desafio: monte seu micro

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 4 jul 2009, 22h00

A oferta é tentadora: ao invés do microcomputador pronto da loja, compre um kit com todas as peças por um preço bem inferior e ainda se divirta enfrentando o desafio de montar máquina. Em princípio, quem sabe manejar uma chave de fenda está apto a executar a proeza, que vai deixar os amigos boquiabertos e muitos dólares economizados no bolso. A empreitada de fato é mais fácil e gratificante do que montar um quebra-cabeça para adultos, mas encerra algumas armadilhas, fruto da inexperiência dos distribuidores brasileiros de kits. Encare esses percalços como se fossem obstáculos de um bom videogame, que devem ser resolvidos e contornados pelo jogador.

Mas isso não deve desanimar o leigo, mas sim servir como um desafio mais estimulante que a montagem de um reles quebra-cabeça. A primeira etapa é escolher o micro mais adequado. Não se impressione com a profusão de marcas e números existentes no mercado. Por trás dessa aparente selva de opções escondem-se basicamente apenas duas: a mais simples, baseada nos microcomputadores da classe 386 e outra mais avançada com os 486. descarte os microcomputadores XT 088 e os 286: eles já estão completamente obsoletos e a diferença de preços é insignificante. Mesmo entre o 386 e o 486 já é possível escolher opções de preços diferindo em apenas 100 dólares. A tendência do mercado é consagrar o 486 SX como a máquina padrão, mas nos próximos dois anos o 386 ainda terá fôlego para rodar todos os principais aplicativos existentes na praça, inclusive os de multimídia.

Como a tendência predominante no mercado é pelo uso da interface gráfica Windows, o mínimo recomendável é um 386 SX com 4 megabytes de memória na placa mãe, um disco rígido de 80 megabytes, um drive de disquete de 5 polegadas, mouse e monitor colorido, tipo VGA – sem o qual jogos para PC perdem muito da graça e emoção. Tudo isso pode custar menos de 1000 dólares, permitindo uma economia que pode chegar até os 300 dólares se o aparelho fosse comprado pronto. Essa diferença dá quase o valor de uma impressora matricial, completando assim a estação caseira apta a executar a grande maioria dos usos do computador doméstico.

Qualquer que tenha sido a escolha – 386 ou 486 -, a seqüência de montagem será a mesma, parecida a um quebra-cabeças com apenas uma dúzia de peças. Cada uma delas deve se encaixar em outra de maneira precisa, da mesma maneira que se monta um puzzle.

1-Segredos de Gabinete

Desparafuse a caixa de aço da caixa que vai abrigar o microcomputador. O gabinete não é uma simples embalagem inerte da parte eletrônica, pois já vem de fábrica com uma fonte de alimentação que fornece energia para todos os componentes, além de uma série de indicadores de funcionamento, como os leds – lâmpadas piloto – que indicam o funcionamento do disco rígido, mostram a velocidade que o micro está operando, além do botão liga/desliga.

Se o gabinete é do tipo torre, o mais comum atualmente, deite-o de lado, apoiando a área maior na mesa. Observe uma série de furos e rasgos com pinos de plástico: é neles que vai ser encaixada a placa mãe, o principal componente do micro, onde vão encaixadas as outras placas auxiliares e de onde partem os cabos para os drives e para os leds no painel frontal. Em alguns casos os pinos plásticos não estão instalados, pois os tamanhos das placas não são padronizados. Basta retira-los do pacotinho de plástico e colocá-los sob pressão nos buracos que coincidam com furos da placa mãe.

O gabinete tem também uma armação interna, parecendo uma estante, na qual deverão ser parafusados os drives e o disco rígido. Finalmente, no fundo, existem rasgos onde serão conectadas as entradas saídas do micro, como o cabo para o monitor, para força, mouse, teclado e impressora. Depois dessa visão geral do terreno a montagem pode ser iniciada.

Descarregue a carga estática de seu corpo numa parte metálica aterrada como uma torneira, por exemplo, e tire a placa mãe da caixa e da embalagem antiestática, pegando-a pelas bordas.

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Encaixe a placa mãe nos pinos de plástico, verificando se ela ficou rigorosamente paralela ao fundo de aço. Aparafuse a placa.

A placa mãe contém o microprocessador que realiza todas operações de lógica e aritmética do micro, além dos chips de memória. Observe uma série de encaixes – chamados slots – onde vão ser conectadas as outras placas.

2-Encaixe nos slots

Nos slots serão encaixadas as outras placas auxiliares da mãe. Não existem slots especializados em cada placa – elas podem ser colocadas em qualquer um deles, mas é interessante colocar a primeira placa, a controladora de vídeo, no extremo oposto da fonte de alimentação, deixando os outros slots livres para as placas que exigem a ligação de cabos. Como a controladora dos drives e disco rígido e a de saídas seriais e paralelas. Escolhido o slot, desparafuse e retire a lingüeta de metal mais próxima da parede do fundo do gabinete. Encaixe a placa controladora de vídeo, que vai transformar os sinais digitais da placa mãe em imagens visíveis no monitor. Essa placa tem na sua parte inferior uma série de faixas metálicas paralelas que devem encaixar no slot de maneira bem paralela. Cuidado para que ela não fique inclinada, o que pode levar uma faixa metálica a colocar em curto dois pinos vizinhos de encaixe no slot. Pressione firmemente para baixo. Parafuse agora a aba lateral metálica na parede do fundo do micro, ocupando o buraco que foi deixado pela lingüeta tirada anteriormente. Observe o conector na aba de metal que ficou instalada para fora do micro: é nele que vai ser ligado, ao final, o cabo de sinais do monitor.

3-Placas controladoras

Dependendo do kit escolhido, existem duas opções para a próxima conexão. Numa delas usa-se uma placa única que controla o disco rígido, os flexíveis e ainda de lambuja oferece uma saída serial e uma paralela para outros periféricos como mouse e impressora. Essa placa única é chamada IO. Outra opção exige duas placas: uma controla os drives e a outra as saídas. Prefira a primeira, pois assim se ganha um slot vago para o futuro (posteriormente você pode instalar uma placa de fax modem ou scanner, por exemplo).

Encaixe e parafuse a placa (ou as duas placas, se a opção não foi a IO única) da mesma maneira com que foi feita com a placa de vídeo. Mas observe que essa placa alimenta duas abas metálicas que vão parafusadas na parede do fundo. Uma aba é a da própria placa e a outra vai ser ligada a ela por dois cabos. Os encaixes de placas estão prontos. Na etapa seguinte serão instalados os drives nas baias.

4-Instalações dos drives

Os drives de 5 e 3 polegadas e o disco rígido entram como bandejas nas armações metálicas. O disco rígido sempre vai na parte inferior, que não tem abertura para o painel frontal, o de 3 no meio e o de 5 na superior. Parafuse pelas laterais. Um truque: use chave de fendas imantadas pois alguns parafusos são difíceis de ser colocados. Ou então coloque uma pequena bola de cera na cabeça do parafuso de modo que ele fique grudado na chave de fenda.

5-Cabos de força

Não se assuste com a quantidade de fios que saem da fonte de alimentação. O conector mais largo vai alimentar a placa mãe. Em geral, ele tem um chanfro em um dos lados que impede a instalação com a polaridade invertida. Nunca force o encaixe. Em caso de dúvida, consulte o manual da placa mãe, que discrimina as ligações do conector de força. Os pinos que deverão receber voltagens positivas vão ser ligados a fios vermelhos do cabo que vem da fonte, e as ligações terra (ground) em fios pretos.

Ligue em seguida os cabos de força nos drives e disco rígido. Conforme os discos escolhidos, a ligação pode ser feita por um conector de 4 pinos médio ou então por um menor, mais delicado. Não se preocupe portanto se sobrarem conectores sem uso.

Normalmente, no painel frontal com seus leds e interruptores já vêm ligados pela fábrica à fonte.

6-Cabos de sinais

As fitas largas cobertas por plástico que ligam as placas aos drives têm sempre na lateral uma faixa colorida, em geral, de vermelho. Esse lado deve ser sempre conectado virado para o lado dos pinos 1 e 2 do conector, tanto na placa como no drive. A inscrição identificando esses pinos em geral está impressa na placa de circuito onde está soldado o conector. Um cabo liga a placa IO ao disco rígido e o outro aos drives de 3 e 5 polegadas. Não se preocupe se sobraram encaixes nos cabos: eles estão reservados para a futura incorporação de mais drives.

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7-Cabos do painel frontal

Essa costuma ser a parte mais intrincada do quebra-cabeça. Identifique os fios e as respectivas polaridades da ligação entre a placa mãe e o painel frontal. São os pequenos plugs de encaixe do alto-falante, dos leds sinalizadores de força, disco rígido, reset, turbo e trava de teclado. No caso de as instruções do kit ou inscritas na placa mãe não serem claras, vale a dica anterior do código de cor. Consulte o manual da placa mãe: o que exigir voltagem positiva vai num fio vermelho e o terra num preto.

8-Ligações externas

Confira todas as ligações anteriores antes dessa etapa final. Agora basta ligar o cabo de força no gabinete (não ligue ainda na tomada na parede), escolher a voltagem na chave apropriada (110 ou 220 volts). Outro cabo liga o monitor numa saída acima ou ao lado da entrada de força. Um segundo cabo sai do monitor para o conector externo da placa de vídeo. Dê mais uma verificada geral e ligue a tomada na parede e o interruptor de força no painel central. Se tudo estiver certo, o monitor vai acender, mostrar rapidamente alguns códigos e para à espera da configuração do micro, o que pode ser feito seguindo a seqüência de instruções na tela. Depois basta inalar os discos do sistema operacional, que também apresentam telas auto-explicativas.

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