Eles viajam a 300 quilômetros por hora e escapam do mau tempo e dos radares, voando a cinco metros do solo. Cada vez menores e mais eficientes, os mini-aviões espiões já são vedetes militares. Somente no ano passado, a empresa francesa CAC Systemes, a maior fabricante mundial, vendeu 250 aparelhos – uma dúzia deles para as tropas da ONU que vigiavam as zonas de cessar-fogo na Bósnia.
Eles levantam vôo por uma rampa e são pilotados do chão, exatamente como os aeromodelos comuns. Mas a comparação pára por aí, pois os espiões levam a bordo câmeras de vídeo que captam as imagens e as transmitem ao vivo a uma estação receptora. Esta pode estar instalada a até 50 quilômetros de distância. Na volta, o pouso é feito com a ajuda de um pára-quedas.
O sucesso do aviãozinho é tanto que os fabricantes pretendem aproveitá-los também em tempos de paz, em operações civis, como fiscalizar estradas e áreas florestais. O problema é que o preço desse “brinquedinho” de alta tecnologia não é para qualquer aeromodelista: o kit completo inclui a rampa de lançamento e a estação de recepção, e custa entre 750 000 e 1 milhão de dólares, conforme o modelo.