Futuro , a Deus pertence
Descobrimos que a casa do futuro tende a ser hiperconectada, segura, auto-suficiente em termos de energia, e que haverá novos materiais e técnicas .
Otávio Rodrigues
Você já deparou com alguma reportagem feita há 20 ou 30 anos, ou, quem sabe, com livros antigos falando sobre como seria o ano 2000? Com certeza deu boas risadas. Apesar de boa parte desses trabalhos terem sido produzidos com seriedade e mesmo rigor científico, os enganos nesse campo são inevitáveis. Algumas coisas que estavam previstas para esta nossa temporada simplesmente não aconteceram. Tecnologias que tinham tudo para se consagrar acabaram no limbo. E outras foram suplantadas, em função do desenvolvimento da informática, da miniaturização, entre outros “milagres”, e também da enxurrada de falências econômicas que cercaram potências taludas – como a União Soviética. Mas, felizmente, é assim. Ainda bem que a futurologia erra. Um mundo previsível, enquadrado, não teria tanta graça. Isso dá bem a medida do desafio na preparação desta edição.
Assim, para evitar a pisada no tomate do futuro, conversamos com dezenas de cientistas, pesquisadores e especialistas mundo afora, checamos as inovações que estão aí, as que estão chegando, as que circulam nos laboratórios e até algumas que nem saíram da gaveta. Descobrimos que a casa do futuro tende a ser hiperconectada, segura, auto-suficiente em termos de energia, e que haverá novos materiais e técnicas construtivas de deixar nossos filhos e netos malucos na hora das compras. Seguimos as pistas de invenções revolucionárias, como a tinta que dá poder autocicatrizante à superfície dos móveis, o concreto que pode ser dobrado e até a casa “para viagem” – um incrível modelo que a gente pode desmontar, empilhar, carregar e remontar onde quisermos. Enfim, uma edição para ler e guardar – nem que seja para rir daqui a alguns anos.