Quando o americano Jason Barnes, de 23 anos, perdeu o braço direito em um acidente (ele foi eletrocutado e precisou ter o membro amputado), achou que nunca mais iria tocar bateria. Graças a um projeto da Universidade de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, Jason recebeu um braço mecânico, e aos poucos foi recuperando a capacidade de tocar. Até aí, seria apenas mais um caso de implante bem-sucedido. Mas os cientistas resolveram ir além: construíram mais um braço mecânico, que fica acoplado ao ombro de Jason e funciona em sincronia com os outros dois.
O terceiro braço é autônomo. Graças a um microfone, ele detecta o ritmo e as batidas da música que Jason estiver tocando, e começa automaticamente a fazer um acompanhamento. “O braço usa algoritmos matemáticos para improvisar”, explica o pesquisador Gil Weinberg à revista FastCompany. O terceiro braço também possui uma câmera, que usa para determinar e ajustar a própria posição, compensando os movimentos do corpo de Jason (que, como qualquer baterista, se inclina para a frente e para os lados enquanto toca). Agora, o próximo passo é incorporar o terceiro braço às apresentações de Jason, que no ano passado já vinha se apresentando como “baterista ciborgue” em festivais de música eletrônica.