Lubrificação átomo a átomo
Relato de uma experiência que tenta explicar por que os bons lubrificantes são aqueles que têm alta viscosidade.
A atual cartilha tecnológica explica, muito vagamente, que os bons lubrificantes são aqueles que têm alta viscosidade. Mas os engenheiros químicos e físicos agora crêem que podem explicar melhor o fenômeno da lubrificação. Para isso, resolveram estuda – ló realmente de perto – na escala de apenas alguns milhares de átomos. Chega – se a essa escala, por exemplo, quando uma afiada agulha de níquel risca uma chapa de ouro. Se tanto a agulha quanto a chapa estiverem carregadas eletricamente, é possível medir as forças entre seus átomos e obter uma descrição microscópica da fricção entre dois metais. Percebe – se, então, como é impreciso fizer que um metal toca o outro: o fato, os átomos de ouro saltam para a agulha a um distância de 4,25 ângstrons (o ângstrons é a décima milionésima parte do milímetro). O resultado é o desgaste da chapa – coisa que os lubrificantes devem evitar. Só que sua ação não tem nada a ver com a viscosidade, pensa o engenheiro químico Jacob Israelachvili, da Universidade da Califórnia, Estado Unidos. “O importante é a forma das moléculas e sua capacidade de bloquear o salto dos átomos.”