Se a descoberta for confirmada, a poderá ser uma das mais importantes da história da Astronomia. Trata-se nada menos de galáxias em formação, detectadas pelo telescópio infravermelho da universidade do Arizona, nos Estados Unidos. Elas se encontram a 17 bilhões de anos-luz da Terra, ou seja, tão distantes no tempo e no espaço que parecem estar nos confins do Universo. Por isso mesmo não é simples garantir que as formas vislumbradas sejam efetivamente aquilo que os astrônomos suspeitam. A prova dependerá da evolução dos equipamentos de observação. O detector de luz infravermelha utilizado no Arizona já é um recurso notável – permite fazer numa noite a pesquisa que consumiria dez anos de trabalho com instrumentos convencionais.
Se os objetos forem realmente galáxias, o estudo do seu número e distribuição no espaço poderá ajudar a resolver alguns grandes mistérios da astronomia. Pela primeira vez, será possível conhecer uma etapa intermediária entre o Big Bang – a explosão que deu origem ao universo – e o Cosmo como hoje é conhecido. Segundo e astrofísico Roberto Bosco, da Universidade de São Paulo, “a etapa seguinte será descobrir de que são feitas essas longínquas galáxias para esclarecer se a matéria-prima do universo é mesmo hidrogênio.”