Na beirada do mundo
Os quasares formam o núcleo visível de galáxias antigas muito distantes de nós, o que significa que aquilo que se consegue ver deles é um rude retrato de um passado muito remoto.
Os quasares não são apenas os objetos mais distantes jamais avistados pelo homem, mas também os mais brilhantes e os mais antigos. Esses misteriosos corpos, cujo nome é uma abreviatura, em inglês, de objeto quase-estelar, só foram descobertos no início dos anos 60 e espantaram os astrônomos da época pelo intenso brilho que emitiam. Apesar de serem pequenos, comparados à maioria das galáxias – o diâmetro deles é, em média, cem vezes menor –, a maioria dos quasares emite um brilho até 1 000 vezes mais forte. Há três anos, astrônomos da Universidade de Washington localizaram um quasar com luminosidade 30 000 vezes mais intensa que toda a Via Láctea. Os quasares formam o núcleo visível de galáxias antigas muito distantes de nós, o que significa que aquilo que se consegue ver deles é um rude retrato de um passado muito remoto. Alguns chegam a estar mais de 12 bilhões de anos-luz distantes da Terra, como o OQ 172, descoberto em 1973. Não se sabe ao certo qual é a causa do intenso brilho desses misteriosos corpos, mas duas teorias aceitas são de que toda essa energia seria resultado de colisões de estrelas ou da contração de estrelas supermassivas, com massa de cem bilhões de sóis.
• A nebulosa de Boomerangue é o lugar mais frio já observado no universo. A Nasa mediu 272 graus Celsius negativos nessa nuvem de gás e poeira, apenas um grau acima do zero absoluto.