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O homem que andou na lua

Segundo homem a pisar na lua, o astronauta Buzz Aldrin conta o que viu lá em cima - para onde, aliás, quer levar turistas por um preço baratinho, baratinho

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 31 ago 2005, 22h00

Ângela Pimenta

Buzz Aldrin faz parte de um dos clubes mais exclusivos da humanidade: o das 12 pessoas que pisaram na Lua. Tripulante da célebre Apollo 11, Aldrin colocou as botas no satélite da Terra em 20 de julho de 1969, 18 minutos após seu companheiro Neil Armstrong entrar para a história como o primeiro homem a realizar o feito.

Foi o ponto alto de uma carreira brilhante. Formado pela Academia Militar de West Point, a mais disputada dos EUA, nos anos 50 Aldrin pilotou caças na Guerra da Coréia. Já na Nasa, venceu uma rigorosa seleção para ganhar seu lugar a bordo. Desde o retorno à Terra, no entanto, não se desligou do espaço. Escreveu livros, fez conferências e pesquisou o futuro da navegação espacial. Também superou uma crise de depressão que diz ter chegado com a vida de celebridade. Hoje, mantém uma fundação sem fins lucrativos cuja missão é disputar o concorrido mercado do turismo espacial para enviar gente comum ao espaço – pelo mais baixo preço possível.

De que maneira a missão Apollo mudou sua vida?

Me senti especialmente afortunado de ter participado do primeiro pouso na Lua. Foi uma situação incomum e irônica. Estive na superfície lunar, onde muito poucas pessoas já puseram os pés. Ao mesmo tempo, uma multidão aqui na Terra prestava atenção ao que se passava conosco. Aquilo foi compartilhado por todo mundo. O simbolismo da nossa missão foi expresso na placa que deixamos fincada na Lua, dizendo: “Viemos em paz por toda a humanidade.”

E qual foi a sua sensação física ao caminhar na superfície da Lua?

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Era uma coisa irreal tanto do ponto de vista visual quanto físico. Escolhi as palavras “magnífico, magnífico, bela desolação” para descrever a paisagem. Com isso quis dizer que era magnífico que a humanidade tivesse progredido a ponto de ir até lá, mas ao mesmo tempo a superfície lunar era pura desolação, sem nenhum tipo de vida. Podíamos ver o céu negro, a Terra no alto e o horizonte curvo, em função do pequeno tamanho da Lua. A baixa gravidade dava uma sensação de leveza em câmera lenta. Mas havia sobretudo a sensação de alívio por termos chegado lá e também a responsabilidade de voltar para casa em segurança. Isso dominava nossos pensamentos.

Por que tantos astronautas sofreram crises emocionais ao regressar à Terra?

Ir à Lua e voltar à Terra não é tão desafiador quanto voltar à Terra e ter de lidar com o restante da humanidade. Pelo resto da minha vida serei obrigado a conviver com um monte de gente em função do meu status de celebridade. Foi por essa razão que dei ao meu primeiro livro o título Volta à Terra. Na minha experiência pessoal, ainda tive de lidar com uma herança familiar de tendência à depressão e ao alcoolismo. Acredito que resolvi todos esses problemas sozinho, mergulhando em atividades profissionais, me associando com outras pessoas e não consumindo álcool.

 

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Buzz Aldrin

• Vive com a esposa, Lois, em Los Angeles.

• Continua amigo de Neil Armstrong, a quem visita regularmente no estado de Ohio.

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• Sua caminhada na Lua durou 1h43. A de Armstrong, 2h13.

• Seu nome original é Edwin E. Aldrin Jr. Nos anos 80, ele adotou legalmento o apelido de infância e passou a atender por Edwin Buzz Aldrin. Buzz, aliás serviu de inspiração para o nome do também astronauta Buzz Lightyear, de Toy Story.

• Além da aviação, Aldrin pratica mergulho submarino.

• Adora acordar cedo. Marcou a entrevista com a SUPER para as 7h30 da manhã. De um sábado!

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• Foi o primeiro homem a urinar na Lua.

 

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