Com a mesma técnica usada para produzir os microscópicos chips eletrônicos de silício, engenheiros da Universidade da Califórnia criaram motores de diâmetro inferior a um fio de cabelo, movidos a eletricidade estática. Os dentes das engrenagens desses motores são tão pequenos que seria preciso enfileirar 7 mil deles para ocupar 1 milímetro. Assim, acaba de surgir uma nova categoria, a das micromáquinas. As possíveis aplicações estão abertas à imaginação, mas ninguém ainda é capaz de prever quais serao esses usos.
Supõe-se que as micromáquinas poderiam, por exemplo, viajar por uma artéria para remover depósitos de colesterol. Ou monitorar a taxa de glicose no sangue dos diabéticos e, quando necessário, acionar uma minibomba de insulina. Embora o silício seja um material bem conhecido na eletrônica, os engenheiros ignoram suas propriedades mecânicas em escala tão ínfima. Nos primeiros testes, o material tem se mostrado tão resistente quanto o aço. Com tais atributos, os cientistas admitem que a micromecânica poderá ser no futuro um gigantesco ramo da indústria.