O Sol possui correntes oceânicas parecidas com as terrestres. Só que elas são, como se poderia prever, centenas de milhares de graus mais quentes. Formadas de plasma – o gás em ebulição que constitui as estrelas –, movem-se a cerca de 80 quilômetros por hora e levam 18 anos para ir do equador até os pólos do astro-rei. As descobertas foram feitas pela Soho, a nave da Nasa e da Agência Espacial Européia (ESA) que está na órbita do Sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, desde 1995. “Tenho observado o Sol nos últimos quarenta anos e nunca tive nenhuma esperança de que poderíamos ver essas coisas”, disse à revista Time o diretor do programa solar da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, John Leibacher. Agora, espera-se que os dados da Soho ajudem a prever as tempestades solares, erupções de plasma que podem até causar pane nos aparelhos elétricos e mudar o clima na Terra.
Grandes, rápidos e muito quentes
A Soho descobriu movimentos no interior do Sol.
Fortes correntes, de até 27 000 quilômetros de largura, circundam velozmente os pólos.
No equador, a corrente leva 25 dias para dar uma volta completa.