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Os cálculos que afastaram o susto

Entenda como os astrônomos sabem que o asteróide que aparentemente ia bater na Terra não vai mais.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 30 abr 1998, 22h00

Thereza Venturoli

Você deve ter acompanhado pelo noticiário. Em março, a União Astronômica Internacional anunciou que um bólido de 1,5 quilômetro de diâmetro se arrebentaria contra a Terra no ano de 2028. A catástrofe, de proporções globais, tinha até data marcada: 26 de outubro. Depois veio o alívio: outro time de pesquisadores verificou que o asteróide, batizado de 1997 XF11, vai passar a 960 000 quilômetros do planeta – quase três vezes mais distante que a Lua. Isso tudo você viu e entendeu. O que você pode não ter entendido é como dois cálculos deram resultados tão diferentes. Pois a SUPER vai explicar. Não se trata de nenhum erro nas contas. “O astrônomo Brian Marsden, que calculou a trajetória do XF11, constatou que o asteróide já tinha passado pela Terra em 1990”, contou à SUPER Sylvio Ferraz Mello, da Universidade de São Paulo. “E convocou, então, colegas do mundo todo para achar o vulto do bólido nas fotografias do céu batidas por telescópios.” Foi a equipe de Eleanor Helin, do Programa de Rastreamento de Asteróides Próximos à Terra (Neat), que achou o bichão. Com a nova posição, foi possível determinar o caminho do XF11 com certeza muito maior. “Os dados mais completos que coletamos indicam que não existe chance de uma colisão”, tranqüiliza Eleanor. O que não quer dizer que estejamos livres de sustos maiores. Só para você ter uma idéia da quantidade dessas ameaças, o Neat já detectou 460 asteróides nas redondezas do planeta. Afora esses indesejáveis vizinhos, a cada ano são descobertos milhares de novos corpos, mais distantes. O XF11 foi o 281º asteróide a ser achado apenas na primeira quinzena de dezembro de 1997. Supõe-se que esses pedregulhos voadores saiam da parte mais interna do Cinturão de Asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter (veja abaixo). Mas as probabilidades estão do nosso lado. “As chances de um asteróide desse tamanho se chocar com a Terra é de um a cada 500 000 ou 1 milhão de anos”, afirma Ferraz Mello.

Flagra a distância

O Telescópio Hubble “viu” um bólido de 2 quilômetros de diâmetro, a 140 milhões de quilômetros da Terra.

O rastro azul indica que o asteróide caminhou 14 000 quilômetros durante o tempo de exposição da foto.

Os pontos brancos são estrelas. Os amarelados e azulados são raios cósmicos – partículas atômicas lançadas pelo Sol e estrelas em explosão – que atingiram a câmera.

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