Para que servem as espirais das novas antenas de carros?
A novidade da antena espiral é que ela aumenta eletricamente o seu tamanho, mas fisicamente continua pequena.
Gabriel Mayer de Melo, São Paulo, SP
Para que uma antena tenha boa recepção, seu tamanho deve ter, no mínimo, um quarto do comprimento da onda de rádio que ela vai receber. Isso é mais ou menos fácil de conseguir para as FM, que transmitem na faixa dos 100 Megahertz. Nesse caso a onda tem um comprimento de cerca de 3 metros. A antena ideal precisará ter 75 centímetros. “Como existem várias estações, com diferentes comprimentos de onda, há dispositivos no rádio que fazem a sintonia fina”, explica o engenheiro eletrotécnico Eduardo Bezzuero, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. O grande problema são as ondas da faixa de AM, que têm comprimento bem maior – cerca de 200 metros, na frequência 1 600 quilohertz (ou 1,6 Megahertz). A antena, então, teria que ter 50 metros. Como isso não é possível os rádios dos carros geralmente apresentam uma série de fios enrolados, que formam antena de quadro. A novidade da espiral nas novas antenas é que elas aumentam eletricamente o tamanho da antena – ela continua fisicamente pequena, mas a onda de rádio a “enxerga” como se ela tivesse o comprimento de 50 metros. Além disso, não é necessário que a antena de FM tenha tamanho variável.