Jomar Morais
Pensando em curtir aquelas férias nas belas praias de Natal, no Rio Grande do Norte? O programa continua em alta: só não se esqueça de levar na bagagem um bom protetor solar. Pesquisa realizada em novembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com a Nasa, revelou que Natal é a cidade brasileira onde há maior incidência de raios ultravioleta do Sol, algo só comparável ao que ocorre na Antártida, o continente polar localizado exatamente abaixo do buraco na camada de ozônio da atmosfera. Portanto, sem proteção natural contra aquele tipo de radiação. Numa escala que vai de zero a 16, a capital do Rio Grande do Norte chegou a registrar índice 11 por volta do meio-dia. Isso significa que quem se expõe ao sol ali, nesse horário, tem três vezes mais chances de adquirir um melanoma, o câncer de pele (ou outra doença da pele), em comparação com alguém que está pegando uma cor em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde o índice de radiação é 4. Os raios ultravioleta também aceleram o envelhecimento. Localizada próximo à linha do equador, uma área alcançada por intensa luminosidade solar, há três anos Natal foi apontada pela Nasa como o lugar de ar mais puro da América do Sul. Agora, a descoberta de que os raios nocivos do Sol atingem em cheio a cidade deixou os natalenses preocupados.