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Pesquisadores criam bateria que dura 400 vezes mais – mas eles não sabem porquê

Novo material em gel pode ser carregado 200 mil vezes sem que o seu desempenho diminua

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 4 nov 2016, 19h12 - Publicado em 25 abr 2016, 18h00

Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine criou uma bateria com uma vida útil 400 vezes maior do que as usadas normalmente em smartphones. Mas não era isso que eles estavam tentando fazer – e nem sabem exatamente o que aumentou tanto o desempenho da nova criação.

A maior parte dos nossos celulares e laptops usa baterias de íon de lítio – ela é adotada em todos os produtos da Apple, por exemplo. Ela pode ser carregada, em média, 500 vezes (um ciclo completo é contado quando a bateria fica zerada). Depois disso, o lítio começa a corroer a estrutura interna, o desempenho vai caindo aos poucos e ela precisa ser substituída.

Essas baterias e pilhas que usamos no dia a dia tem líquidos no interior. Sabe bem disso quem já guardou uma pilha por tempo demais e encontrou uma gosma escura vazando dela. Por serem líquidas, elas pegam fogo com facilidade e são muito afetadas por mudanças de temperatura.

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LEIAEnergia em estado sólido

Por causa disso, os cientistas de Irvine queriam desenvolver uma bateria quase sólida, que usasse gel ao invés de líquido. O grupo usou nanocabos de ouro para armazenar a eletricidade, revestidos de óxido de magnésio e protegidos por uma camada do gel eletrolítico.

Depois, eles decidiram testar a resistência do conjunto para ver quantas vezes a bateria poderia ser carregada sem se desgastar. Os nanocabos são muito frágeis e, em experimentos anteriores, eles ficavam completamente destruídos depois de cerca de cinco mil ciclos de carregamento.

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Mas, nos testes mais recentes, o resultado foi outro. Eles puderam ser carregados 200 mil vezes seguidas sem perda de desempenho ou corrosão. Os cientistas ainda não conseguiram explicar como foi que o material se tornou tão resistente, mas acreditam que o efeito protetor do gel foi essencial para evitar a destruição dos cabos.

Por enquanto, a tecnologia ainda está longe de se tornar uma bateria funcional. A preocupação dos cientistas foi manter um ciclo contínuo de carregamento para ver o quão resistente e durável era a nova tecnologia. Falta, por exemplo, ver como o conjunto funcionaria ao ter que transmitir essa eletricidade para um outro equipamento.

Outra dificuldade para a adoção comercial da tecnologia é que ela utiliza pequenos pedaços de ouro – e isso encarece bastante o processo de produção. Mas, com o aperfeiçoamento da nova criação, o ouro pode ser substituído por materiais mais baratos mas que cumpririam a mesma função, como o níquel. Enquanto isso, vale aprender a aumentar a vida útil da sua bateria para ela não te deixar na mão.

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