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Poderes, mulheres e softwares

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 19 mar 2011, 22h00

Emiliano Urbim

Por que, com tantos fatos e evidências, ainda se tratam os óvnis como mito?
Thiago César P Bernardo – Angra dos Reis, RJ

Acontece que em nosso “mundo desencantado”, como dizia Max Weber, prevalece a visão cética da ciência. E, para a ciência, os óvnis (objetos voadores não identificados) existem, mas não são discos voadores. São coisas banais: aviões, meteoros, satélites ou os suspeitos de sempre, balões meteorológicos, que, por condições desfavoráveis – escuridão, luminosidade, neblina, distância -, não foram identificadas de cara. Mas não esmoreça, Thiago: essa é só a versão oficial. Para o twitter @sergueirock, por exemplo, “já está na hora de a sociedade encarar a abdução como lance normal. Deixem o Belchior e a Via Láctea em paz, PLEASE!”

Quem é aquela pessoa com uma coroa (de oliveira, eu acho) nas notas de real?
Gabriel Brito – Salvador, BA

É a Marianne. Interessou? Ela é francesa, fez 220 anos e está solteira – como símbolo da República, ela é de todos. A moça surgiu durante a Revolução Francesa, em 1789, mas só no meio do século 19 foi batizada e se tornou imagem oficial da França e dos movimentos republicanos. Corte rápido para 1994, Brasil: 5 moedas em 10 anos de hiperinflação haviam esgotado o estoque de homenageados famosos para as notas do real, que chegaria em julho daquele ano. Para ter uma ideia, a nota de 1 000 cruzeiros reais trazia a figura do quase anônimo educador Anísio Teixeira. Foi então que decidiram estampar nas cédulas de real a nossa querida Mari – segundo o Banco Central, “a efígie simbólica da república, interpretada sob a forma de escultura”. Repare que, além da coroa de louros, ela usa uma touca: é o barrete frígio (da Frígia, na atual Turquia), outro ícone republicano.

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Por que metal no micro-ondas gera faíscas? Observei isso ao tentar aquecer um marmitex de alumínio.
Marcelo Caetano – Itajaí, SC

Isso foi uma experiência? Bom, basicemente, saliências de objetos metálicos (serra da faca, dentes do garfo, dobras do marmitex) distorcem as micro-ondas. Isso aumenta a voltagem do ar ao redor e propicia faíscas – até fogo, se a embalagem tiver papel, por exemplo. Já itens de metal sem pontas, como uma colher, não vão gerar faíscas, porque nesse caso as micro-ondas… Marcelo, larga essa colher.

Por que algumas pessoas espirram quando olham para o Sol? Achei que fosse só comigo, mas tem mais gente.
Lúcia Souza – Corumbá, MS

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Você faz parte de um grupo diferenciado: só 10% da população dá espirros por causa da luz, uma situação que recebe o rótulo premium de expulsão reflexa fótica. A explicação mais aceita é que, para os portadores desse distúrbio segmentado, ocorre um curto-circuito cerebral: quando o sistema nervoso avisa o nervo ótico para se proteger da luminosidade, também dá um alarme falso para o nervo trigêmeo, responsável pelo espirro, de que o nariz está irritado. Ou seja: quando privilegiados como a Lúcia e eu olhamos direto para uma luz forte, nosso cérebro manda o olho fechar e o nariz espirrar – um tique nervoso, mas exclusivo.

Aproveitando a matéria de outubro sobre PowerPoint: por que esse nome?

Iara Cristina Silva – São Paulo, SP

A matéria até explicava sucintamente. Mas, beleza, revisão de conteúdo. O point do PowerPoint é o ponto de quando alguém falou algo sensato e você diz: “Você tem um ponto” – em inglês, You have a point. A ideia é que, graças aos slides do programa, essa mera opinião sensata, um point, pode se transformar em um argumento poderoso – um power point. Pronto, Iara, agora é só fazer a apresentação.

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