Por que a Nasa quer ir a Marte se Vênus é mais perto?
Porque não adianta nada chegar rápido ao destino se você morrer por lá
Responda depressa: qual é o vizinho mais próximo da Terra?
Se você falou Marte, errou. Vênus fica mais perto. Mesmo assim, a Nasa, Elon Musk, a Agência Espacial Europeia (ESA) e até o governo chinês falam em ir para Marte. Por quê?
Bem, porque não adianta nada chegar rápido ao destino se for para morrer quando descer da nave. Na superfície de Vênus, a temperatura média é 426ºC, e a pressão atmosférica é 90,7 vezes maior que a da Terra – o equivalente a quatro elefantes africanos de seis toneladas cada um sentados na sua cabeça. 96% da atmosfera é composta de dióxido de carbono (CO2), a mesma coisa que sai do escapamento de um carro. Também tem uma pitadinha de nitrogênio (3,5%), que não cheira nem fede para nossos pulmões, e 0,002% de vapor de água.
Não bastasse a lista nada agradável acima, também há vulcões. A estrela da manhã tem 167 vulcões com mais de 100 quilômetros de diâmetro – são cerca de 1,6 mil, se você colocar os menores na conta. O alívio é que eles não passam o tempo todo cuspindo lava – de fato, uma das únicas evidências de atividade vulcânica já registrada por lá foi anunciada em 2015 pela ESA, e recebida com surpresa por astrônomos.
Marte não é um paraíso, é claro: calor, lá, é quando faz -20ºC. Mas pelo menos você se sai razoavelmente bem em uma roupa de astronauta.