Acaba de surgir uma nova oportunidade de utilização pratica dos supercondutores de alta temperatura: medir o ínfimo campo magnético produzido pelo batimento do coração humano-equivalente a 1 centésimo de milionésimo do magnetismo da terra. O cientifico soviético autor da proeza usou um composto de ítrio, bário, cobre e oxigênio para construir um anel de material supercondutor extremamente sensível a mudanças no fluxo magnético que o atravessa a determinados ângulos. Nesses pontos podem passar uma corrente de uns poucos microamperes, monitorada por um receptor de ondas de rádio.
Médicos já recorreram a equipamentos similares para medir o campo magnético gerado pelo coração e até pelo cérebro, usando porem supercondutores convencionais congelados com hélio liquido a 269 graus abaixo de zero, o que torna o processo extremamente caro. O aparelho do pesquisador soviético Boris Vasiliev, de Moscou, opera a 196 graus negativos, podendo ser resfriado com nitrogênio liquido. Os dados oferecidos pelo campo magnético do cérebro, por exemplo, permitem conhecer melhor do que pelo eletroencefalograma a atividade das células cerebrais.