Os satélites de comunicação, que giram a 30 000 quilômetros de altitude, estão ameaçados por uma espécie de canhão eletrônico existente em torno da Terra. A artilharia é criada pela força magnética do planeta, que, aqui embaixo, só consegue virar a agulha das bússolas. Mas, lá no espaço, ela às vezes empurra partículas como os elétrons e os prótons a velocidades próximas à da luz. Segundo pesquisadores da Universidade do Colorado, a rapidez transforma os microprojéteis em balas de fuzil, capazes de perfurar uma placa de alumínio de 1 centímetro de espessura. Ninguém sabe por que a intensidade do magnetismo terrestre volta e meia cresce e dá início ao bombardeio.