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Terra doce lar

O surgimento do Homo sapiens em nosso planeta é resultado de uma feliz (e muito rara) combinação de fatores ¿ água, ar, temperaturas amenas e uma órbita bem-comportada.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h38 - Publicado em 30 abr 1997, 22h00

Rowilson Quinete

No século XVI, o polonês Nicolau Copérnico desferiu um golpe devastador na vaidade humana. Ele provou que a Terra, nossa casa, não é o centro do Universo nem, ao menos, ocupa algum lugar especial no firmamento. O progresso posterior da Astronomia colocou em dúvida a crença de que o nosso planeta tem o monopólio da vida e da inteligência. Parece inconcebível supor, hoje em dia, que a Terra seja o único lugar, na vastidão do Cosmo, a abrigar seres sofisticados, capazes de mandar foguetes ao espaço, dançar a macarena e clonar ovelhas.

Na contramão do senso-comum, muitos cientistas começam a achar que a Terra pode, sim, constituir um caso único no Universo. A evolução que culminou com o surgimento do Homo sapiens não passaria, segundo essa hipótese, de uma seqüência quase inacreditável de coincidências. Absurdo? Façamos as contas. Nossa galáxia, a Via Láctea, contém algo como 200 bilhões de estrelas. Quantas delas, porém, produzem energia suficiente para aquecer um planeta? Menos de 20%, calculam os astrônomos. Sobram, ainda, entre 10 e 20 bilhões de estrelas como o nosso Sol. Mas o Homo sapiens se desenvolveu num planeta, não numa estrela.

Chance remota

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Os planetas conhecidos até agora são quentes demais, ou frios demais, ou não possuem atmosfera. Mesmo num mundinho aconchegante como o nosso, com água, ar, temperaturas amenas e uma órbita bem comportada, o processo evolutivo fez trilhões de tentativas até o surgimento do Homo sapiens. Dos quatro reinos da natureza, só um produziu seres capazes de raciocinar – o reino animal. Os animais se dividiram em dezenas de linhagens (ou filos), das quais apenas uma evoluiu no sentido da inteligência, a dos cordados. Destes, apenas um ramo, o dos vertebrados, seguiu adiante. Entre os vertebrados, só os mamíferos atingiram formas superiores de vida. Das 24 ordens em que se dividem os mamíferos, apenas uma – a dos primatas – conseguiu gerar criaturas inteligentes, os hominídeos. Em suma: nós somos seres extremamente improváveis .

Não é preciso ser um cético para concordar que planetas hospitaleiros como o nosso não se encontram em qualquer esquina do Cosmo. Vida inteligente, menos ainda. O que podemos afirmar, com certeza, é que a existência da vida na Terra é, no mínimo, um fenômeno muito raro. Cuidemos bem do nosso planeta, portanto.

* Rowilson Quinete é colaborador da SUPER. Ele espera que os caçadores de ETs provem, em breve, que seu artigo está equivocado.

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