Talvez um dos momentos mais excitantes de toda a espetacular missão da sonda Voyage 2 tenha sido a passagem por Tritão, a maior das oito luas de Netuno. Ela é um pouco menos do que a lua da terra,mas extremamente brilhante. Seu hemisfério sul é todo coberto por uma neve rosada – uma mistura gelada de nitrogênio e metano, colorida por composto que resultam da luz ultravioleta que atinge o metano.A sonda também mostrou que Tritão tem uma atmosfera, condição ostentada no sistema solar apenas pelas luas Io, de Júpiter, e Titã, de Saturno.
Essa atmosfera se estende por 800 km acima da superfície e consiste basicamente de nitrogênio, dez vezes mais abundante que o outro principal ingrediente, o metano.A pressão atmosférica é 10 milhões de vezes menor que a terra ao nível do mar; mesmo assim é capaz de suportar algumas pequenas nuvens. Mas o que faz de Tritão um achado cientifico que esta roubando a cena de Netuno é a estrutura de sua superfície. Ela é suavemente marcada por longas cristas duplas e padrões de sulcos que lembram polígonos. Mas nenhum desses relevos tem mais de poucas centenas de metros de altura, sugerindo que contem muito nitrogênio e metano gelados, o que da ao satélite o aspecto de bola macia.