A descoberta aconteceu por acaso. Estudando a física de ímãs microscópicos, os engenheiros Mark Welland e Russel Cowburn, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram um microchip que usa campos magnéticos em vez de correntes elétricas. Atualmente, os dados são processados por transistores que barram a corrente elétrica para representar o símbolo zero e a liberam para representar o um – os dois números são a base da linguagem dos computadores. No novo chip há microímãs que fazem o papel dos transistores, e é a direção de seus pólos norte e sul que define o zero ou o um. O chip magnético é 40 000 vezes menor que os de hoje, comportando 5,5 bilhões de transistores – contra 6,6 milhões atualmente. “Em breve será possível construir PCs do tamanho de um telefone celular e alimentá-lo com uma bateria de relógio”, maravilha-se Cowburn.