Cientistas podem ter descoberto um novo candidato a antibiótico que pode matar uma ampla gama de bactérias, incluindo aquelas resistentes aos medicamentos já existentes.
Cientistas podem ter descoberto um novo candidato a antibiótico que pode matar uma ampla gama de bactérias, incluindo aquelas resistentes aos medicamentos já existentes.
Os antibióticos são organizados em classes — as mais comuns você já deve ter tomado, como a penicilina e a tetraciclina.
Os antibióticos são organizados em classes — as mais comuns você já deve ter tomado, como a penicilina e a tetraciclina.
A última vez que uma nova classe de antibióticos chegou às prateleiras das farmácias foi em 2003, com a daptomicina.
A última vez que uma nova classe de antibióticos chegou às prateleiras das farmácias foi em 2003, com a daptomicina.
Desde então, cientistas tentam encontrar novas formas de destruir patógenos em constante alteração, que desenvolvem resistência aos antibióticos comuns.
Desde então, cientistas tentam encontrar novas formas de destruir patógenos em constante alteração, que desenvolvem resistência aos antibióticos comuns.
Pesquisadores da Universidade McMaster identificaram uma nova molécula que desafiaria as bactérias resistentes: a lariocidina. As descobertas foram publicadas na revista Nature.
Pesquisadores da Universidade McMaster identificaram uma nova molécula que desafiaria as bactérias resistentes: a lariocidina. As descobertas foram publicadas na revista Nature.
A lariocidina é um peptídeo lasso, moléculas biologicamente ativas que possuem uma estrutura enredada única.
A lariocidina é um peptídeo lasso, moléculas biologicamente ativas que possuem uma estrutura enredada única.
Esse peptídeo é produzido pela bactéria Paenibacillus, encontrada em uma amostra de solo coletada em um jardim, e gera uma substância com forte atividade contra outras bactérias.
Esse peptídeo é produzido pela bactéria Paenibacillus, encontrada em uma amostra de solo coletada em um jardim, e gera uma substância com forte atividade contra outras bactérias.
Como fármaco, a lariocidina atacaria as bactérias de maneira diferente dos demais antibióticos. Primeiro, ela inibiria a síntese de proteínas, como outros medicamentos.
Como fármaco, a lariocidina atacaria as bactérias de maneira diferente dos demais antibióticos. Primeiro, ela inibiria a síntese de proteínas, como outros medicamentos.
Mas não só: ela também induziria erros de tradução de genes, o que lhe confere um mecanismo duplo de ataque às bactérias.
Mas não só: ela também induziria erros de tradução de genes, o que lhe confere um mecanismo duplo de ataque às bactérias.
Além disso, não é tóxica para as células humanas, funciona em animais e não é suscetível aos mecanismos existentes de resistência a antibióticos.
Além disso, não é tóxica para as células humanas, funciona em animais e não é suscetível aos mecanismos existentes de resistência a antibióticos.
Mas ainda deve demorar um bom tempo para que a lariocidina chegue ao mercado. Isso porque a fase clínica é longa e depende de diversos fatores, como a segurança e a eficiência do produto
Mas ainda deve demorar um bom tempo para que a lariocidina chegue ao mercado. Isso porque a fase clínica é longa e depende de diversos fatores, como a segurança e a eficiência do produto