Akakor: a lenda da cidade paradisíaca perdida na Amazônia 

Não se sabe ao certo quando a lenda de Akakor surgiu, mas ela certamente ganhou popularidade em 1976 com a publicação do livro A Crônica de Akakor. 

A obra foi um best-seller da década de 1970. Nela, o jornalista Karl Brugger relatava seu encontro com um líder indígena chamado Tatunca Nara, que seria o último líder do império Ugha Mongulala.

Tatunca Nara jurava que era capaz de guiar qualquer um até a cidade abandonada de Akakor, na Amazônia, que guardaria grandes riquezas e pirâmides milenares.

Se a história não parece lá muito original para você, tem um motivo: toda a trama é inspirada em lendas que já existiam antes, como as das cidades perdidas de Eldorado e Paititi.

Tatunca Nara, que se autointitula o último descendente de um povo que viveu na Amazônia nos últimos 15 mil anos, realmente existe, mas sequer nasceu na América do Sul.

Apesar de ter um documento de identidade brasileiro com o nome inventado, o homem nasceu Hans Günther Hauck, em Coburgo, na Alemanha, em 1941.

Isso não impedia alguns curiosos de se juntarem às expedições que ele organizava em busca de Akakor. Nem mesmo o desaparecimento de pelo menos três turistas ao longo de sete anos foram suficientes para atrapalhar a empreitada.

Akakor nunca foi encontrada, porque não passa de uma lenda, claro. Em 1984, Karl Brugger, o autor do livro que popularizou a lenda, foi assassinado.

Também de origem alemã, ele foi morto a tiros na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, em um crime que nunca foi esclarecido. O caso aumentou a conspiração em torno de Akakor.