É verdade que elefantes são imunes ao câncer?

As células se dividem o tempo todo – e, no processo, é normal que mutações aconteçam. Na maior parte do tempo, nada de ruim ocorre: as células mutantes são eliminadas pelo organismo.

Entretanto, dependendo da mudança, a célula pode se multiplicar descontroladamente e resultar num tumor. Instaura-se um câncer.

Cada vez que uma célula se divide, há uma chance pequena de ocorrer uma dessas mutações. Por isso, quanto mais células um organismo tem, mais oportunidades para que erros aconteçam, certo?

Nem sempre. Um elefante tem milhares de vezes mais células do que um humano, e vive muito mais tempo do que um rato, por exemplo.

Mas, surpreendentemente, não é isso que acontece com os elefantes: 4,8% dos elefantes morrem em decorrência de câncer, enquanto essa taxa varia entre 11% a 25% nos humanos.

Os elefantes têm um complexo sistema de defesa contra as mutações que podem se tornar cânceres. São vários genes específicos envolvidos nesse sistema.

Isso não significa que sejam imunes, mas que possuem mecanismos melhores para lutar contra células defeituosas.

Compreender plenamente esses processos pode inspirar novas abordagens terapêuticas e tratamentos contra o câncer em humanos.