Para tratar doenças, europeus comiam múmias na Idade Média

Na Idade Média e até o século 19, europeus acreditavam que comer pó de múmia curava doenças como dores e problemas no coração.

O pó vinha de corpos egípcios milenares retirados de túmulos e vendidos em farmácias como remédio milagroso.

A prática começou por erro de tradução: “mumia” era uma resina medicinal persa, confundida com corpos embalsamados.

A elite via o consumo como nobre: “realeza comia realeza”, acreditando absorver forças vitais de faraós.

Quando faltaram múmias no Egito, surgiram as falsas: cadáveres frescos, secos e moídos para venda.

No século 19, a egiptomania levou até a festas de desenfaixamento de múmias, como espetáculo social.

O consumo desapareceu no fim do século 19, substituído por lendas como a “maldição da múmia” após a descoberta de Tutancâmon.