Ilha das Cobras, no Brasil, abriga 4 mil serpentes venenosas
A Ilha da Queimada Grande fica a 36 quilômetros do litoral sul de São Paulo, na altura da Barra do Una e Peruíbe. Ela é coberta pela Mata Atlântica e não tem nenhuma praia de areia.
A Ilha da Queimada Grande fica a 36 quilômetros do litoral sul de São Paulo, na altura da Barra do Una e Peruíbe. Ela é coberta pela Mata Atlântica e não tem nenhuma praia de areia.
Ela é mais conhecida por seu apelido famoso: a Ilha das Cobras. O lugar é o lar de quatro mil serpentes peçonhentas.
Ela é mais conhecida por seu apelido famoso: a Ilha das Cobras. O lugar é o lar de quatro mil serpentes peçonhentas.
A Ilha da Queimada Grande é o local com a maior concentração de serpentes no país: são 45 por hectare.
A Ilha da Queimada Grande é o local com a maior concentração de serpentes no país: são 45 por hectare.
A principal cobra encontrada lá é a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis). A espécie é endêmica da ilha: só é encontrada lá.
A principal cobra encontrada lá é a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis). A espécie é endêmica da ilha: só é encontrada lá.
Ela se diferenciou da jararaca comum, por exemplo, justamente por causa das pressões seletivas do isolamento geográfico – o que conferiu a ela algumas características bem peculiares.
Ela se diferenciou da jararaca comum, por exemplo, justamente por causa das pressões seletivas do isolamento geográfico – o que conferiu a ela algumas características bem peculiares.
Ela é capaz de viver em árvores e se alimenta principalmente de aves, características que a diferenciam de outras jararacas.
Ela é capaz de viver em árvores e se alimenta principalmente de aves, características que a diferenciam de outras jararacas.
Essa espécie tem um veneno potente, capaz de matar um ser humano em até seis horas após a picada, mas acidentes com humanos são muito raros.
Essa espécie tem um veneno potente, capaz de matar um ser humano em até seis horas após a picada, mas acidentes com humanos são muito raros.
A ilha permaneceu inabitada até o final do século 19, quando a Marinha do Brasil instalou um farol por lá. Os faroleiros sofriam com o perigo.
A ilha permaneceu inabitada até o final do século 19, quando a Marinha do Brasil instalou um farol por lá. Os faroleiros sofriam com o perigo.
Para controlar a população de serpentes, a Marinha frequentemente ateava fogo na vegetação. Segundo o Instituto Butantan, foi isso que deu origem ao nome "Queimada Grande".
Para controlar a população de serpentes, a Marinha frequentemente ateava fogo na vegetação. Segundo o Instituto Butantan, foi isso que deu origem ao nome "Queimada Grande".
Desde a automação do farol, na década de 1920, não há residentes permanentes na ilha. O desembarque de turistas é proibido: só há acesso restrito a profissionais da área ambiental e pesquisadores.
Desde a automação do farol, na década de 1920, não há residentes permanentes na ilha. O desembarque de turistas é proibido: só há acesso restrito a profissionais da área ambiental e pesquisadores.