O papa cujo corpo explodiu durante o velório

O papa Pio XII liderou a Igreja entre 1939 e 1958, durante o conturbado período da Segunda Guerra Mundial. 

Ele condenou a perseguição aos judeus, abriu o Vaticano para refugiados do conflito e concedeu cidadania a mais de 800 mil pessoas.

Quando morreu, porém, algo inesperado aconteceu durante seu velório: seu corpo “explodiu”. Como isso é possível?

Riccardo Galeazzi-Lisi foi o médico pessoal de Pio XII  e responsável por conservar o cadáver para o velório, que dura vários dias. O problema foi o método escolhido.

Galeazzi-Lisi testou um novo método de embalsamento: envolver o corpo de Pio XII em óleos e ervas, e depois cobrir tudo com uma camada de papel celofane.

A ideia contradizia as técnicas tradicionais, que consistem em remover fluidos e deixar o cadáver frio – o oposto de adicionar mais líquidos e deixá-lo num ambiente abafado.

O papel celofane acabou com a circulação de ar e acelerou a putrefação do corpo. Os gases do processo de decomposição começaram a se acumular e inchar o tórax.

Quando o corpo de Pio XII estava sendo transportado até a Basílica de São Pedro, o pior aconteceu: um barulho de explosão foi ouvido do caixão.

O corpo, embalsamado de forma incorreta, havia despedaçado na cavidade torácica por causa do acúmulo de gases. Ele passou por um novo processo de embalsamento, mas o inchaço no tórax persistiu.