Com só meio milímetro de comprimento, eles são os animais mais resistentes da Terra. Os tardígrados, invertebrados microscópicos de oito patas, sobrevivem em condições extremas de temperatura, pressão etc.

Tardígrados também resistem a uma radiação até mil vezes maior que a dose letal para humanos. Para descobrir como, pesquisadores americanos estudaram a espécie Hypsibius exemplares.

A radiação é perigosa para nós por causar mutações no DNA – destruindo nossas células e causando câncer. 

Em algumas espécies de tardígrados, a ciência já havia observado mecanismos de defesa contra esse problema – como um pigmento que transforma a radiação ultravioleta em luz azulada inofensiva. 

Agora, cientistas descobriram que os tardígrados Hypsibius exemplares sofrem, sim, de danos em seu DNA causados pela radiação. Como sobrevivem?

Apesar dos danos ao DNA, eles são reparados rapidamente. Genes de reparação passam a trabalhar em modo turbo, produzindo proteínas para substituir o material danificado.

Esse mecanismo de “conserto genético” não é novo. O próprio corpo humano possui genes ligados a essa função, já que há, diariamente, danos ao nosso genoma que precisam ser reparados.

O que muda, porém, é a velocidade e a intensidade. A produção de novas proteínas vai a níveis extremos, segundo os cientistas. Em 24 horas, quase todo o dano já tinha sido reparado.

Esse é só mais um dos mecanismos de sobrevivência desse bichinho. E pode ter desdobramentos no combate ao câncer. Para entender, leia a matéria completa clicando no link do próprio slide.