Por que, em algumas pessoas, o segundo dedo do pé é maior que o dedão?

É só uma variação genética. Em geral, inofensiva: só em casos extremos interfere da distribuição do peso do corpo sobre os pés, gerando dores crônicas e outros incômodos.

A condição é chamada “pé de Morton”, em homenagem ao médico que a descreveu no começo do século 20, Dudley J. Morton.

Ela acontece quando o metatarso do dedão é menor que o do segundo dedo. "Metatarso" é o nome dos cinco ossos mais longos que correm dentro do seu pé. 

É na ponta deles que se encaixam as falanges – os ossos dos dedos propriamente ditos. Ou seja: tecnicamente, é o dedão que é menor.

Não há uma proporção certa ou padrão para os dedos do pé, é claro. Mas a maioria das pessoas consegue traçar um arco suave que começa na base do dedão e desce até a base do dedinho. 

Por ser comum em populações balcânicas, do sudeste da Europa (na Bulgária, por exemplo, 45% da população é assim), essa característica era parte do ideal de beleza greco-romano.

Muitas esculturas e pinturas célebres da história do Ocidente têm dedões curtinhos. A lista inclui a Estátua da Liberdade, o Nascimento de Vênus e a estátua grega do Pugilista em Repouso.