2.000 calorias por dia? Conheça a história por trás desse mito

Todo rótulo de alimento, vem com a seguinte frase: ‘Valores diários com base em 2.000 kcal’. Mas… por que 2.000?

Na década de 1990, a agência americana FDA buscava um valor de referência único para simplificar os rótulos dos alimentos

Em uma pesquisa via telefone, a agência pedia para os americanos estimarem quantas calorias ingeriam em um único dia.

Mulheres relataram uma ingestão de 1.600 a 2.200 kcal. Homens disseram que comiam de 2.000 a 3.000 kcal. A média estatística foi 2.350 kcal

Acreditava-se que 2.350 kcal era um valor muito alto e incentivaria as pessoas a comerem em excesso – em especial, as mulheres.  

Em uma consulta pública, a agência propôs três alternativas de valor diário para aparecer nas embalagens: 2.000, 2.300 e 2.400 calorias 

Venceu as 2.000 kcal – um valor 15% abaixo da média obtida. Por ser um número redondo, ele ajudaria na educação alimentar.

O problema é que a coleta foi via autorrelato, e as pessoas tentem a subestimar o que comem (até 30–38% menos calorias). Isso compromete a precisão da pesquisa.

Estudos recentes mostram que nosso corpo precisa de mais calorias: jovens moderadamente ativos chegam a ~3.080 kcal (homens) ou ~2.440 kcal (mulheres)

2.000 calorias virou padrão por ser prático, mas não serve para todo mundo.Cada pessoa tem necessidades diferentes!