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Quais os maiores boatos da história da Internet?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 18 fev 2011, 22h00

Emiliano Urbim

Desinformação é tão antiga quanto a informação. A diferença é que antes ela ia parar nos livros sagrados e de história, e hoje aparecem na sua caixa de correio. Um pouco menos do que na virada do século, quando os boatos da internet viveram sua fase dourada. Naqueles primeiros tempos de www, os usuários pareciam ser mais ingênuos, ou pelo menos repassavam para mais gente as mesmas lorotas. Ao menos é o que dá para concluir da lista de maiores boatos de internet de todos os tempos publicada no começo deste ano no site snopes.com, a enciclopédia de lendas urbanas digitais (confira o top 5 no infográfico ao lado).

Para Ricardo Cavallini, autor do livro Onipresente – Os Rumos da Comunicação Moderna, a publicidade e os hábitos dos internautas influenciaram na murchada dos boatos. “O marketing viral se apropriou da linguagem do boato e isso fez com que as pessoas passassem a desconfiar mais. E tem também a fragmentação da informação: o boato de que antes todo mundo ficaria sabendo hoje são vários, que chegam a grupos específicos.”

Para ter uma ideia, os boatos internéticos mais quentes do mundo atualmente são sobre os perigos das garrafas de plástico, cantores coprófogos, controle remoto da garagem hackeado. Fala sério, nada que chegue aos pés do Tourist Guy e outros clássicos virtuais mundiais que você redescobre nestas páginas.

Caiu na rede
Conheça os boatos que mais deram o que postar, segundo o site snopes.com

1. O turista Acidental

Ano – 2001.

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Boato – – Nas ruínas do World Trade Center, acharam uma câmera com um retrato do momento do atentado.

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Resultado – – Uma breve comoção mundial seguida de várias piadas.

2. Banana assassina

Ano – 1999.

Boato – Bananas da Costa Rica com bactérias comedoras de carne estavam no mercado.

Resultado – Governo costa-riquenho foi à ONU desmentir a lorota.

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3. Estilista racista

Ano – 2002.

Boato – No talk show da Oprah, Tomy Hilfiger disse: “Negros não devem usar minhas roupas”.

Resultado – Em 2007, o estilista foi na Oprah (pela primeira vez) negar a história, ainda presente.

4. Bill Gates dando grana

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Ano – 2004.

Boato – Microsoft está pagando dinheiro para as pessoas encaminharem e-mails.

Resultado – Milhões de caixas de entrada atochadas de spam.

5. Gatos in vitro

Ano – 2001.

Boato – Estão criando gatinhos recém-nascidos em vidrinhos, os Bonsai Kitten. Quer um?

Resultado – Protestos irados de protetores dos animais contra algo que nunca existiu.

 

Em 1997, o húngaro Péter Guzli viajou para Nova York e aproveitou a visita para conhecer o World Trade Center, então o edifício mais alto do mundo. No topo do prédio, tirou uma foto de recordação que, adulterada, ficaria famosa.

Setembro de 2001 – Mentira inconveniente
Em 11 de setembro de 2001, terroristas islâmicos jogaram dois aviões contra o WTC. Mais tarde, numa tirada de humor negro, Guzli colou uma imagem de avião na sua foto de 1997 e mandou para os amigos.

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Fim de setembro de 2001 – Do risco à lágrima
O e-mail viaja pelo mundo e começa um telefone-sem-fio: alguns acham que a “foto do Tourist Guy” é real – “ela foi recuperada de uma câmera encontrada nos escombros do World Trade Center”, diz a corrente.

Começo de outubro de 2001 – Não aconteceu, virou Manchete
A mídia sensacionalista americana (e por consequência, a do resto do mundo), começa a tratar a brincadeira como notícia séria, e eleva o Tourist Guy a ícone de um mundo atropelado pelos acontecimentos. O húngaro e seus amigos seguem na moita.

Fim de outubro de 2001 – Piada no mundo, caô no brasil
Quando a foto do avião é encontrada, ninguém mais crê na farsa. Abundam montagens nonsense: Tourist Guy no Titanic, na morte de Kennedy etc. Num surto de falsidade ideológica e auto-promoção, o brasileiro José Penteado assume a autoria da foto e da fraude.

Novembro de 2001 – A verdade está na hungria
Irritado, o verdadeiro falsário procura a mídia e encerra o mistério – ele inclusive mostra outras fotos suas em Nova York. Hoje, Péter Guzli é um Marcelo Tas da Hungria, palpitando sobre novas tecnologias.

 

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