Elevador espacial , 713 911º andar, por favor!
A Nasa diz estar vencendo os o obstáculos para construir o elevador espacial.
Edward Pimenta Jr
Imagine um asteróide preso à Terra por um cabo. Agora pense numa nave subindo por esse cabo rumo a um resort estacionado no espaço. Parece ficção científica, mas a Nasa diz estar vencendo os obstáculos para construir o elevador espacial, uma idéia acalentada desde 1960. O maior empecilho era criar um cabo de um material forte o bastante para agüentar a tensão de segurar o satélite na órbita do planeta. A solução parece estar nos nanotubos C-60 (finos cilindros de carbono), que resistiriam com folga ao esforço. “O elevador poderá ser construído em alguns anos”, diz o pesquisador David Smitherman, líder de uma equipe que trabalha no projeto. Além de abrir as portas do espaço a todos, o elevador baratearia o custo de colocar material em órbita. Hoje, custa 22 000 dólares por quilo. Pelo elevador, custaria 1,48 dólar. Mas a economia não é para já. A produção de nanotubos é pequena e cara. Em sete anos, talvez o preço caia.
Arthur Clarke, que citou o aparelho em um livro, profetizou: “O elevador será construído 50 anos depois que as pessoas pararem de rir”. Já não há motivo para risos.
Loooonga subida
A ascensão em três etapas
1. O cabo, de 47 000 quilômetros, começa em uma torre com 20 quilômetros de altura, instalada em uma plataforma em alto-mar. Hoje, a construção mais alta tem 553 metros
2. A 150 quilômetros de altitude, a gravidade diminui. As pessoas flutuam em seus assentos. O elevador se desloca a 2 000 km/h
3. Após 18 horas, o elevador chega à estação espacial, em órbita geoestacionária. Mas o cabo de sustentação segue adiante por muitos quilômetros à frente da estação, terminando num contrapeso, possivelmente um asteróide artificial