Os biólogos já descreveram 1,73 milhões de espécies, mas estima-se que haja, no mínimo, 5 milhões pela frente. Não chegaremos a conhecer todas.
Em uma estimativa conservadora, calcula-se que haja 11 milhões de espécies no planeta Terra (5 milhões no mínimo, 50 milhões no máximo). Até agora, os biólogos descreveram 1,73 milhões.
Em um momento qualquer da história da Terra, quando não há vulcanismo exacerbado ou outros desastres naturais, o comum é que algo entre uma e dez espécies sejam extintas por ano.
Atualmente, porém, a taxa está em algo entre 200 e 2 mil espécies por ano (e estamos falando apenas das espécies que já conhecemos). Cem ou mil vezes mais.
Isso acontece por diversas razões: mudanças climáticas induzidas por gases de efeito estufa, destruição dos habitats, introdução de espécies estranhas que corrompem a cadeia alimentar etc. Na foto, um caso clássico: coelhos se reproduzindo sem controle na Austrália em 1938.
O auge do problema começou no século 20, mas o ser humano vem extinguindo grande mamíferos por meio da caça exacerbada desde que ocupou todo o planeta, migrando a partir da África há 70 mil anos.
Por isso, a maior parte dos cientistas argumenta que o Holoceno, a era geológica atual, está sendo palco da sexta extinção em massa da história da Terra. Estimativas mais pessimistas falam em metade da biodiversidade terrestre perdida até 2100.
Os seres vivos que extinguimos antes de serem descritos não são só uma perda para o planeta, mas um pedaço de patrimônio genético a que não teremos mais acesso. Usar genes selvagens para aperfeiçoar plantas alimentícias já é comum na agronomia.
O Silo Global de Sementes de Svalbard, localizado num arquipélago gelado na Noruega, é uma tentativa de preservar esse patrimônio: trata-se de um bunker ultrasseguro com 1 milhão de sementes que resumem 12 mil anos de história da agricultura na Terra.
Acesse, em nosso site, o especial da Super sobre o Dia da Terra, discutindo a história do planeta, biodiversidade e mudanças climáticas.