Do surgimento violento da Lua a seis extinções em massa, os 4,5 bilhões de anos da história da Terra foram marcados por eventos cataclísmicos.
99,8% do material do Sistema Solar está no Sol. A matéria-prima da Terra e dos outros planetas foram restos de poeira e gás remanescentes, organizados em anéis de sucata que orbitavam a estrela recém-nascida.
O material desses anéis, agregado por influência de sua própria gravidade, se acumulou progressivamente em esferas. Na vizinhança da estrela, onde se concentravam elementos pesados da tabela periódica, surgiram os planetas rochosos, pequenos e maciços.
Pouco após a formação da Terra, um bólido errante do tamanho de Marte, chamado Theia, colidiu com nosso planeta recém-formado. A colisão, pior que qualquer asteroide, ejetou um monte de destroços no espaço aberto.
Esses destroços se acumularam em anéis em torno da Terra recém-nascida. E depois formaram nosso satélite natural. A Lua se afasta 3,8 cm por ano, desacelerando a rotação do nosso planeta e aumentando a duração dos dias: no passado, eles duravam só 18h.
A existência de quatro estações também é uma consequência da colisão: foi a pancada que entortou o eixo de rotação da Terra nos 23° atuais, o que permite a incidência irregular de luz solar conforme a época do ano.
Há mais de 2 bilhões de anos, quando o planeta era habitado apenas por micróbios, não havia oxigênio na atmosfera: esses microorganismos tinham metabolismos que não envolviam respiração como a conhecemos.
Quando as cianobactérias inventaram a fotossíntese para produzir a própria comida com a luz solar, elas encheram a atmosfera de oxigênio, intoxicando as outras formas de vida com o gás, e oxidando todo o ferro do planeta.
Com a explosão de biodiversidade que ocorreu no período Cambriano, há 541 milhões de anos, animais, plantas e outras formas de vida multicelular complexas se espalharam pela Terra.
Do Cambriano até hoje, houve cinco extinções em massa. Na pior delas, no período Permiano, um episódio de vulcanismo intenso na Sibéria aniquilou 81% das espécies marinhas e 70% dos vertebrados terrestres.
Na extinção do Triássico, o vácuo ecológico deixado pelas espécies extintas permitiu a ascenção dos dinossauros. Depois, no Cretáceo, eles foram extintos pelo impacto do asteroide em Yucatán, no México.
Os mamíferos tomaram o lugar dos dinos, e a evolução humana é parte desse processo. Agora, as mudanças climáticas e a destruição de habitats estão gerando um novo ciclo de extinção em massa. Cabe a nós interrompê-lo.
Acesse, em nosso site, o especial da Super sobre o Dia da Terra, discutindo a história do planeta, biodiversidade e mudanças climáticas.