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Por Alexandre Versignassi
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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Um crowdfunding para estudantes sem grana

Universidade gratuita no Brasil é coisa de rico. Mas tem gente querendo mudar essa distorção, de um jeito prático e pontual, sem utopia.

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Atualizado em 16 nov 2017, 20h42 - Publicado em 16 nov 2017, 19h01

Nossas universidades gratuitas estão apinhadas de gente que poderia pagar para estudar. Para quem não pode pagar, restam as universidades pagas.  

Jenial. Com jota maiúsculo.

Consertar esse sistema, de qualquer forma, não é um trabalho do dia para a noite, nem de uma década para outra. Talvez leve gerações até que ensino superior gratuito deixe de ser um serviço do Estado feito sob medida para o topo da pirâmide.

Enquanto isso não acontece, porém, vale hackear esse sistema. É o que o pessoal do Instituto Gauss tem feito. Eles realizam processos seletivos entre estudantes da rede pública, com testes de lógica e interpretação de texto, que medem mais o potencial do que o conhecimento adquirido. Quem passa, recebe uma bolsa para estudar ou numa escola de nível médio de primeira linha ou fazer um bom cursinho. Além de bancar as bolsas, eles contam com uma rede de voluntários que acompanha cada um dos estudantes mais de perto, no papel de “mentores”. 

A ideia, com a bolsa e o acompanhamento, é igualar as chances de um jovem que cursou um ensino fundamental precário às de quem só passou por instituições caras. Eles também têm programas para ajudar jovens ainda mais jovens a passar pelos processos seletivos das melhores escolas públicas de ensino médio – como os Centros Federais de Educação Tecnológica.    

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O Gauss ainda está no começo (esta matéria do Estadão conta a história toda). Mas as coisas estão progredindo rápido. Eles abriram um crowdfunding com meta de arrecadar R$ 50 mil para novas bolsas. Enquanto este texto era escrito, já tinham batido a marca.       

O número de vagas nas boas instituições públicas é obviamente limitado. Se o pessoal ajuda um jovem, então, não vai simplesmente estar tirando a vaga de outro? Essa foi uma das perguntas que eu vi num evento que o Gauss organizou para falar do projeto (fui lá porque a minha irmã é uma das coordenadoras do Instituto – sim, isso pode afetar minha capacidade de julgamento, e preciso deixar isso claro, mesmo que este texto seja apenas um post opinativo para o meu blog, não uma reportagem de fato). Bom, a resposta que ela deu foi na linha: “A maior probabilidade é a de que um dos nossos bolsistas tire a vaga de alguém que pode pagar por uma boa universidade particular”. De fato. 

Seja como for, trata-se de uma solução concreta do ponto de vista quem mais interessa: o da pessoa que nem teria como entrar em um curso superior sem ajuda financeira, por maior que fosse o potencial dela. E mais importante. Só vamos construir um país com mais oportunidades para todo mundo se todo mundo agir. Ficar sentado esperando que tudo mude, afinal, é a melhor receita para nada mude. 

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