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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Nível de anticorpos contra o Sars-CoV-2 se mantém estável após 4 meses, revela estudo

Na maior pesquisa já feita sobre o tema, cientistas testaram o sangue de 30 mil pessoas na Islândia; quem se curou do vírus preservou as defesas imunológicas contra ele até o final do estudo, que durou 120 dias

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Atualizado em 2 set 2020, 19h21 - Publicado em 2 set 2020, 16h05

Na maior pesquisa já feita sobre o tema, cientistas testaram o sangue de 30 mil pessoas na Islândia; quem se curou do vírus preservou as defesas imunológicas contra ele até o final do estudo, que durou 120 dias

Ninguém sabe por quanto tempo, após debelar uma infecção pelo novo coronavírus, o organismo fica protegido contra ele. Nas últimas semanas, surgiram notícias relatando queda nos níveis de anticorpos em pessoas que tiveram Covid-19, bem como quatro casos de reinfecção (dois na Europa, um nos EUA e outro em Hong Kong). Mas o maior estudo feito até agora sobre a resposta imunológica ao Sars-CoV-2 aponta em outra direção: em 90% das pessoas que pegaram o vírus, os níveis de anticorpos se mantêm estáveis por pelo menos quatro meses – e, provavelmente, por mais tempo do que isso.      

O trabalho, publicado ontem no New England Journal of Medicine, analisou amostras de sangue de 30.576 pessoas na Islândia – quase 10% de toda a população do país. Desses indivíduos, 1.237 estavam infectados pelo novo coronavírus, e por isso tiveram amostras de sangue coletadas e testadas várias outras vezes ao longo do estudo, que durou 120 dias. O nível geral de anticorpos contra o Sars-CoV-2 (veja gráficos B e C, abaixo) se manteve constante.  

(New England Journal of Medicine/Reprodução)

Conforme as pessoas foram se curando da Covid-19, a quantidade de anticorpos dos tipos IgA e IgM caiu – mas isso foi compensado pelo aumento no nível de anticorpos IgG (veja gráficos D, E, F e G). Tudo exatamente dentro do funcionamento esperado do sistema imunológico humano, que utiliza tipos diferentes de anticorpo durante e após uma infecção – como explicamos em detalhes na reportagem de capa da SUPER deste mês.  

O estudo foi realizado pela empresa islandesa deCODE Genetics, pela Universidade da Islândia e pelo ministério da saúde do país. Antes de ser publicado no New England Journal of Medicine, um dos mais respeitados do mundo, o trabalho foi submetido à revisão de cientistas independentes. “Ao contrário de estudos anteriores, este sugere estabilidade humoral [imunológica] ao Sars-CoV-2″, escrevem os médicos Galit Alter e Robert Seder, respectivamente da Universidade Harvard e do National Institutes of Health (NIH), em artigo publicado junto com o estudo. É uma boa notícia. Para os pesquisadores, o resultado “traz esperança de que a imunidade a este vírus imprevisível e altamente contagioso não seja passageira, e possa ser similar à despertada pela maioria das infecções virais”. 

 

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